Redação Juruá Online
Nelson estava indo em direção a uma casa de farinha quando três embarcações vinham em sua direção e uma se chocou com sua canoa. Com isso, uma chapa de massa colidiu com sua perna, quebrando o osso em três lugares.
“Lá não teve ninguém que socorresse, aí eu fiquei deitado em cima do sangue na canoa”, relata.
Desde então, Nelson passa a maior parte de seus dias em uma rede, sem conseguir caminhar ou até mesmo ficar de pé sozinho. Sem poder trabalhar, Nelson e sua família estão passando por grandes dificuldades. “Um dá um pouquinho ali, outro dá outro pouquinho, e assim a gente vai passando”, conta.
Após um mês passando por dificuldades, a esposa de Nelson viu a necessidade de buscar junto ao Instituto Nacional do Serviço Social (INSS) uma maneira de adquirir uma renda, já que ela e a família não possuem condições de voltar para a comunidade em que viviam. Porém, a mulher relata que foi ao INSS para o médico assinar a perícia na casa deles, por conta da condição do marido, e foi negligenciada.
“Lá [no INSS], o médico disse que não tinha como ele assinar a perícia dele em casa. Disse que ele [Nelson] teria que dar um jeito para ir assinar lá. Eu falei ‘doutor, ele não se move para nenhum canto, eu que tenho que movê-lo’ e o médico falou ‘então, a situação é muito difícil, mas eu também não posso fazer nada. O que eu posso fazer é remarcar uma pensão para ele para junho ou julho’. Eu achei uma demora muito grande”, relata a mulher.
Por enquanto, a família se sustenta por solidariedade de vizinhos e familiares. Além das dificuldades, a família também precisa sustentar os remédios.
A esposa diz que não sabe o que fazer, porque o marido depende dela em tempo integral. “Só ele é o homem da casa, somos eu, ele e nossas duas filhas pequenas. Ele é quem coloca o alimento na nossa mesa”, relata.
Caixas de doação estão espalhadas em alguns pontos de movimento popular em Cruzeiro do Sul.
Número para doar: 68 999011491