Em carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, governadores de 22 estados brasileiros propõem uma parceria para promover ações de preservação ambiental.
No documento, os governadores se dizem “conscientes da emergência climática global” e afirmam que estão abertos a estabelecer “um canal de interação” com o governo americano para avançar “em passos práticos”.
“Celebrando a decisão do seu governo em fortalecer a agenda ambiental internacional e o Acordo de Paris, expressamos nossa intenção de implementar ações conjuntas, propondo a cooperação entre os Estados Unidos e os governos estaduais brasileiros, responsáveis pela maior parte da Floresta Amazônica, a mais extensa floresta tropical do mundo, e de outros biomas que, somados, abrigam a mais ampla biodiversidade já registrada, e que são capazes de regular ciclos hídricos e de carbono em escala planetária”, diz trecho do documento, ao qual a CNN teve acesso.
Biden foi eleito defendendo a retomada da liderança americana na agenda de preservação ambiental. Ainda como candidato à presidência, o democrata falou em constituir um fundo de US$ 20 bilhões para ajudar a conter queimadas e preservar a Amazônia. Ele também falou em impor sanções ao Brasil para obrigar o governo Jair Bolsonaro a se comprometer com metas de preservação.
Entre os signatários da carta, estão governadores que fazem oposição a Bolsonaro – como o de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) – e governadores aliados do Palácio do Planalto – como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) e o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Assinam o documento que será remetido a Biden os governadores de Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo, Tocantins.
“Governadores do Brasil, abaixo subscritos, de estados que compreendem 87% do território nacional, manifestamos interesse no desenvolvimento de parcerias, visando impulsionar o equilíbrio climático, a redução de desigualdades, a regeneração ambiental, o desenvolvimento de cadeias econômicas verdes e o estímulo à adoção de tecnologias para reduzir as emissões de atividades econômicas tradicionais nas Américas e o esforço conjunto na construção de um modelo civilizatório mais saudável e resiliente a pandemias”, diz outro trecho do documento.
Via-CNN