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Eleições parlamentares na França: Veja resultados do 1º turno do fim de semana | CNN Brasil

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O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, liderou o primeiro turno das eleições parlamentares francesas no domingo (30), o que aproximou o grupo a um posto inédito no poder.

Depois de uma participação excepcionalmente alta, o bloco RN obteve 33,15% dos votos, enquanto a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar com 27,99% e a aliança do presidente Emmanuel Macron caiu para o terceiro lugar com 20,76%, de acordo com resultados finais publicados pelo Ministério do Interior nesta segunda-feira (1º).

Embora o RN pareça estar no bom caminho para conquistar o maior número de assentos na Assembleia Nacional, pode ficar aquém dos 289 assentos necessários para uma maioria absoluta, sugerindo que a França pode estar a caminho de um parlamento suspenso e para mais incerteza política.

Eleição inesperada

Macron, convocou eleições legislativas antecipadas depois que sua aliança centrista foi derrotada pelo partido de extrema direita, Reunião Nacional (RN), nas votações para o Parlamento Europeu, realizadas entre quinta-feira dia 6 e domingo dia 9 de junho.

Após projeções iniciais, o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) saiu no topo com 31,5% dos votos, mais que o dobro da participação do Renascimento, que ficou em segundo lugar em 15,2% dos votos, logo à frente dos socialistas, em terceiro com 14,3% dos votos.

Em um discurso de comemoração após a publicação da pesquisa, o líder do RN, Jordan Bardella, pediu a Macron que dissolvesse o Parlamento francês, chamando a diferença entre os dois partidos de uma “desaprovação contundente” para o presidente.

Dentro de uma hora, Macron fez um discurso nacional, anunciando que dissolveria a câmara baixa francesa e realizaria eleições legislativas. No sistema francês, eleições separadas são realizadas para escolher o presidente do país, que não estão agendadas novamente até 2027.

Na quinta-feira dia 13 de junho, os partidos políticos que representam a esquerda francesa afirmaram ter chegado a um acordo para formar uma “Frente Popular” para disputar as eleições parlamentares antecipadas.

Líderes tanto da Nova Frente Popular de esquerda quanto da aliança centrista de Macron deixaram claro na noite de domingo (30) que retirariam seus próprios candidatos em distritos onde outro candidato estivesse em melhor posição para derrotar a RN no segundo turno do próximo domingo (7).

Pária de longa data para muitos em França, o RN está agora mais perto do poder do que nunca. Le Pen procurou limpar a imagem de um partido conhecido pelo racismo e pelo antissemitismo, uma tática que funcionou em um contexto de raiva dos eleitores contra Macron, do elevado custo de vida e das crescentes preocupações com a imigração.

Um governo liderado pelo RN levantaria questões importantes sobre o rumo que a União Europeia tomava, dada a sua resistência a uma maior integração na UE. Os economistas também perguntaram se os seus planos de gastos são totalmente financiados.

Todos os candidatos que passaram no primeiro turno têm até a noite de terça-feira (2) para confirmar se passarão para o segundo turno.

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