A Dívida Pública Federal (DPF) voltou a subir em novembro e bateu em R$ 5,870 trilhões. Os números forma divulgados nesta 3ª feira (27.dez) pelo Tesouro Nacional.
O valor corresponde a um aumento de 1,60% do estoque do compromisso federal em relação ao resultado de outubro (R$ 5,778 trilhões). A correção por juros foi de R$ 51,31 bilhões, enquanto novos títulos emitidos pelo ente federal chegaram a R$ 41,25 bilhões. Outubro já tinha registrado alta da DPF em relação a setembro: 0,46%. Entre os componentes da DPF, a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) respondeu por R$ 5,616 trilhões. A Dívida Federal externa somou R$ 254,73 bilhões no fim de novembro.
Via Selic
A fatia do montante de títulos da dívida que é atrelada à taxa referencial de juros, a Selic, subiu de 37,92% em outubro para 38,18% do total no mês passado. Isso mesmo com a sinalização do fim do ciclo de aumento dos juros para combater a inflação, que perfaz a política monetária aplicada pelo Banco Central. O prazo para o vencimento dos títulos, em média, é agora de 3,98 anos.
Aumentou a participação de investidores estrangeiros na composição da Dívida brasileira. O percentual é agora de 9,45% (novembro).
As instituições financeiras são donas da maior participação na Dívida: 28,66%. Depois vem os fundos de investimentos com 24,79%.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,66% em novembro, ante 28,68% em outubro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,63% para 24,79% no mês passado. A Previdência detém 22,52% de participação, e as seguradoras têm 4,03%.
O Tesouro Direto, que foi responsável por popularizar o investimento nos papéis da dívida, teve emissão líquida de R$ 805 milhões na mesma apuração. Isso representa um saldo positivo “a favor” do caixa do Tesouro originado por emissões de R$ 3,59 bilhões em papéis contra resgates de R$ 2,785 bilhões. Com a taxa Selic ainda em patamar elevado, os papéis vinculados a esta modalidade de remuneração representaram 51,32% do total vendido.
Reserva de segurança
A Dívida também conta com uma reserva de liquidez, uma espécie de “colchão” de segurança da DPF. Ele é usado para honrar compromissos da Dívida em momentos de muita demanda, muita concentração de vencimentos de títulos da dívida. Em novembro, esta segurança da dívida aumentou 11%, e chegou a R$ 1,142 bilhão. É garantia para cumprir os próximos nove meses e meio de vencimentos da dívida, segundo o Tesouro.
Via SBT News