O Partido Democrata dos Estados Unidos está se preparando para defender o legado do presidente Joe Biden nas próximas eleições, focando principalmente nos resultados econômicos alcançados durante seu mandato. Esta estratégia foi analisada pelo professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan, em entrevista à CNN Brasil.
Segundo Trevisan, os democratas estão se mobilizando com o argumento de que o governo Biden é eficiente. O professor destacou que uma série de políticos, incluindo senadores e deputados, já começaram a elogiar publicamente a administração Biden, ressaltando suas conquistas econômicas.
Resultados econômicos como trunfo
Um dos principais pontos que os democratas pretendem enfatizar é a significativa redução da inflação. “A inflação era mais de 9%, está em 3,5%, quase 4%. Ela baixou bastante”, explicou Trevisan. Além disso, o partido planeja destacar outras realizações, como a redução nos preços de medicamentos e o retorno do crescimento econômico aos Estados Unidos.
No entanto, o professor alerta que essas políticas macroeconômicas nem sempre são facilmente percebidas pelo eleitor médio. “O eleitor não vota pela macroeconomia, ele vota com o bolso”, ressaltou Trevisan, lembrando que muitos americanos ainda sentem os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia em suas finanças pessoais.
Estratégia democrata x proposta republicana
A estratégia democrata, de acordo com Trevisan, será contrapor suas propostas às do ex-presidente Donald Trump, provável candidato republicano. Enquanto os democratas planejam apresentar um projeto de governo que visa cortar custos e aumentar impostos para os mais ricos, Trump deve propor cortes de impostos para essa mesma faixa da população.
‘A escolha será do eleitor. Você quer que os ricos paguem impostos e aí tem uma campanha muito forte nesse sentido ou você prefere a opção Trump?”, pontuou o professor. Ele acrescentou que a vice-presidente Kamala Harris, como “herdeira direta desse processo”, terá um papel crucial na defesa dessa visão econômica democrata.
O especialista concluiu afirmando que os democratas ‘vão insistir em números para vencer’, apostando na apresentação de dados concretos sobre a economia para convencer o eleitorado de que sua abordagem é mais benéfica para o país como um todo.
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