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Delegado da PF encontrado morto foi o terror dos prefeitos acusados de corrupção

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O delegado da Polícia Federal, Fares Antoine Feghali, que será sepultado em Rio Branco nesta quarta-feira (16) após ter sido encontrado morto no banheiro de uma das salas do Centro Empresarial Rio Branco, já era praticamente um especialista no combate à corrupção no Acre. Apesar da pouca idade (tinha apenas 35 anos), desde que foi empossado no cargo, em 2015, ele passou a atuar contra o crime organizado e no combate à corrupção no serviço público.

A primeira delegacia na qual o delegado serviu, em Epitaciolândia, interior do Acre, foi o local a partir do qual ele comandou uma verdadeira cruzada de combate à corrupção nas prefeituras municipais da região do Alto Acre. Ele comandou inicialmente a “Operação Metástase”, a qual resultou no afastamento e prisão do então prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes, além de secretários municipais. Também foi responsável pela prisão do ex-prefeito do município, Aldemir Lopes, um dos chamados “Cabeça Branca” do MDB, como são chamados os dirigentes da sigla no estado, que até recentemente usava tornozeleira eletrônica. Os casos ocorreram em 2016.

Ainda naquele ano, o delegado também esteve presente quando o ex-prefeito de Assis Brasil, Humberto Filho, o ‘Betinho’, e mais três de seus secretários municipais foram arrolados na operação “Boneco de Palha”, de ações análogas ao que ocorria em Brasiléia.

Em Assis Brasil, como chefe daquela operação, o delegado coordenou sete equipes de agentes que executaram 22 mandados de busca e apreensão, 15 conduções coercitivas, além de outras medidas cautelares.

Ainda no mesmo ano, Fares atuou na operação ‘Panaceia’, que significa “pretenso remédio universal para todos os males físicos e morais”. Sob seu comando, os agentes federais realizaram buscas e apreensões de 17 veículos, bloquearam quatro propriedades localizadas entre os municípios de Epitaciolândia e Brasiléia, além de 370 bois que estariam em nomes de ‘laranjas’.

Com informações ContilNet

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