O julgamento de Daniel Alves estava previsto para ser finalizado nesta quarta-feira (7), mas a Justiça da Espanha estuda prorrogar o encerramento para amanhã (8). Após ter a prática sexual comprovada por médicos legistas, a defesa do ex-jogador alega embriaguez no caso envolvendo a jovem violentada. Caso seja inocentado, o lateral terá cerca de R$ 1 milhão depositados em sua conta.

A princípio, em agosto de 2023, Daniel Alves repassou à Justiça da Espanha uma indenização no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil na cotação atual). Todavia, se após a apuração das provas o réu for acusado, a quantia será repassada à vítima, uma jovem moradora de Barcelona. Por outro lado, havendo absolvição, as cifras serão devolvidas ao acusado. Essa atenuante faz parte do artigo 21.2 do Código Penal espanhol, que prevê reparação por dano causado

Apesar dos entraves enfrentados pela defesa de Daniel Alves, as provas contra a sua soltura foram aceitas pela Justiça Espanhola. De modo, foi encontrado sêmen do ex-jogador da Seleção Brasileira em partes do corpo da acusadora. Como resultado da comprovação, a defesa do réu adotou uma nova versão para conseguir uma pena mais branda.

O que diz a defesa de Daniel Alves

Depois de mudar o depoimento ao menos cinco vezes, Daniel Alves foi instruído a alegar o uso desproporcional de bebida alcóolica. A medida foi adotada, uma vez que caso seja comprovada o excesso de álcool no sangue do réu, a pena pode ser reduzida drasticamente, chegando a três anos a menos que a sentença final.

Sobretudo, os advogados de Daniel Alves colocaram o artigo 21.2 do Código Penal espanhol embaixo do braço. Sendo assim, caso o discurso seja aceito, a conduta do ex-lateral será enquadrada em “grave vício em bebidas alcoólicas, drogas ou outras substâncias que produzam efeitos análogos”. Se for sentenciado a 12 anos de prisão (período máximo), o acusado permaneceria enclausurado por apenas nove anos.