Neste dia 01 de dezembro é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids. Durante todo o mês, denominado “Dezembro Vermelho”, campanhas educativas de conscientização e de testagem para o HIV nas unidades de saúde do município, com o apoio do Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites Virais serão realizadas. No Brasil, para se ter uma ideia, 11 mil pessoas morreram vitimas de AIDS em 2022.
Somente neste de 2023 foram registrados três casos de HIV no município, totalizando 89 casos da doença confirmados na Secretaria Municipal.
Outra situação que preocupa são os casos de sífilis em Cruzeiro do Sul. Somente este ano, 46 gestantes foram identificadas com a doença, além de outros 99 casos da doença adquiridos. Ou seja, somente em 2023, 145 casos de sífilis foram confirmados na cidade.
Muitas pessoas passam a vida sem testar para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A realização periódica da testagem é importante na luta contra as infecções, como alerta a medica infectologista Rita de Cássia.
“O Ministério da Saúde junto com a OMS faz uma parceria muito grande para que o Brasil e, todos os outros países, consigam deixar a carga viral indectavel em mais de 95% dos pacientes no mundo todo”, destaca.
Ainda segundo Rita, o Brasil já conseguiu uma meta onde a maioria das pessoas já sabem que os que estão tratando já têm uma carga viral indetectavel acima de mais de 90%. A AIDS é uma doença que não tem cura, então, o mais importante é a prevenção, sendo estas, uso de preservativos, realização do teste. Se caso o paciente se sentir envergonhado, poderá optar de levar o teste para casa e fazer lá.
Cruzeiro do Sul, atualmente, conta com o Serviço de Atendimento Especializado – SAE, setor exclusivo para os profissionais que fazem o acompanhamento social, emocional e com medicamentos de pacientes em tratamento com o vírus HIV. A enfermeira Rafaela Palmeira, orienta as pessoas que necessitarem, a procurarem o local para receberem orientações sobre o tema.
“Estamos prontos e convidamos todas as pessoas de Cruzeiro do Sul para realizar os testes rápidos”, cita.
Rafaela ressalta que a unidade de saúde oferece um medicamento denominado “PrEp”, que previne o HIV antes da exposição (sexo sem uso de preservativo). Há também a prescrição da “Pep” que já é a prevenção, a profilaxia do HIV pós exposição ao risco de contrair o vírus e os testes rápidos, assim como uma conversa de orientação sobre todas as DSTs.
A entrega de medicamentos à pacientes com HIV, acontece na farmácia Popular. “Quanto ao HIV e Hepatite, nós costumamos fazer a inscrição (cadastro) deles, quando o paciente passa pelo médico e recebe uma guia ou um formulário de solicitação de medicamento, este pode vale por 180 dias, por 90 dias a depender da prescrição do médico. Então são liberados três meses, dois ou um mês onde fica salvo dentro de um sistema chamado Ciclon. As liberações são feitas de acordo com que o paciente vem buscando”, explica a farmacêutica.
Por Juruá Comunicação
