Redação Juruá Online
Foi em um dia 8 de maio, há 12 anos, que Cruzeiro do Sul se despedia de Orleir Messias Cameli, ex-governador do estado do Acre. A realização de seu velório reuniu milhares de pessoas que prestaram homenagens, com sentimento de gratidão e saudade. Nesta quinta-feira, 12 anos após sua partida, as pessoas ainda lembram de seu legado com carinho, pois contribuiu para o desenvolvimento de todo o estado, com a realização de uma missa na Catedral Nossa Senhora da Glória, em sua memória.
Orleir Cameli faleceu no dia 8 de maio de 2013, aos 64 anos, em Manaus (AM). Natural de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, Orleir iniciou a carreira política como prefeito de sua cidade natal, eleito em 1992. Permaneceu no cargo por pouco mais de um ano, até renunciar para disputar o governo estadual. Em 1994, foi eleito governador do Acre.
Sua gestão foi marcada pela realização de obras importantes para o estado, como a construção da primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Fundação Hospitalar do Acre, a criação da Delegacia da Mulher e a aquisição da Balsa Hospital Dr. Manoel Braga Montenegro, usada para levar atendimento médico às comunidades ribeirinhas no Vale do Juruá.
Exemplo de trabalho e cuidado com o povo: a importância de manter viva a história de Orleir Cameli
A ex-primeira-dama Beatriz Cameli, esposa de Orleir, falou sobre a saudade e a importância de manter viva a memória do marido. “São 12 anos de nostalgia, de saudade desse homem que tanto fez pelo Acre, por Cruzeiro do Sul, em todos os municípios. Eu vejo que passa o tempo e, em todo lugar onde eu vou, sempre tem alguém que lembra com muito carinho dele. Ele morreu muito cedo, com 63 anos, mas deixou um grande legado de alegria, força e vontade de trabalhar pelo progresso do Acre”, disse.
Beatriz também destacou que se sentiu no dever de preservar essa história para as futuras gerações. “Era meu dever deixar um legado em fotografia. Agora já está pronta a biografia, que será lançada em setembro. Acho que deixo impresso a história dele como exemplo de vida, de trabalho, de político e de empresário. Os jovens de hoje, que já têm 25, 30 anos, muitas vezes não lembram mais quem ele foi. Então, é minha obrigação deixar esse retrato, essa memória, essa exposição fotográfica. A biografia é um livro que vai ajudar para que cada geração conheça sua vida e se inspire”, completou.
Legado de Orleir Cameli segue como inspiração para o Acre e as novas gerações:
Durante a homenagem, o estudante Emanuel Cameli, neto de Orleir, falou sobre o sentimento de conviver com o avô e de carregar seu nome. “É uma alegria poder ter convivido com ele os anos que passou aqui na terra, os anos que eu tive a oportunidade de conhecer ele. Porque é um homem que me ensinou tantas coisas e ainda vem me ensinando por conta de seu espírito inabalável e trabalhador”, relembrou.
Para Emanuel, o legado de Orleir vai além das obras e investimentos. “Ele fez tantas coisas para a nossa região, trouxe desenvolvimento, infraestrutura, cuidou de tantas pessoas que precisavam de atenção. É uma inspiração pra mim até os dias de hoje e também espero que seja uma inspiração para o povo cruzeirense, para o povo acreano, que merece coisas melhores, merece um futuro digno, merece atenção e cuidado.”
Em sua fala, o neto destacou que gostaria de ver os atuais e futuros políticos se inspirando na trajetória do avô. “Os políticos se inspirem no senhor Orleir Cameli, porque ele sim era um homem de verdade, trabalhador pelo povo, que se importava com as pessoas. Porque ele é uma pessoa daqui, da nossa região, foi seringueiro, viveu nossa realidade e hoje em dia o legado dele continua construído e a nossa família também segue trabalhando pelo desenvolvimento do nosso estado, da nossa região.”
Emanuel também ressaltou a importância de manter a história de Orleir viva, especialmente para as novas gerações. “Eu acho bem importante as pessoas ficarem atentas a estudar um pouco a vida dele através da biografia que foi escrita, que tem detalhes muito importantes. Eu acredito que possamos absorver informações essenciais para o nosso desenvolvimento. Porque as pessoas, ele já partiu faz um tempo, e aí vai se perdendo na memória dos mais jovens. Os antigos ainda se lembram bem, mas as pessoas que estão chegando por agora têm que aprender, conhecer a história, entender o que ele fez e o que isso representa para todos nós”, finalizou.
As homenagens desta quinta-feira reforçaram a lembrança de um homem que fez história no Acre e segue como referência para quem acredita na política feita com trabalho, respeito e compromisso com o povo.
