Cruzeiro do Sul lidera taxa de nascimentos no Acre, enquanto municípios registram ritmos distintos de crescimento

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Os dados mais recentes sobre registros civis no Acre revelam um cenário marcado por fortes contrastes entre os municípios quando o assunto é crescimento populacional. Em 2024, Cruzeiro do Sul despontou como a cidade com a maior taxa de nascidos vivos do estado, alcançando 26,2 nascimentos por mil habitantes, um dos índices mais elevados entre os municípios acreanos.

As informações constam nas Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Logo atrás de Cruzeiro do Sul aparecem Assis Brasil, com taxa de 25,3, Jordão, com 22,1, e Tarauacá, que registrou 21 nascimentos por mil habitantes, indicando maior dinamismo demográfico nessas localidades.

Na outra ponta do levantamento estão municípios com crescimento populacional mais lento. Bujari apresentou a menor taxa de natalidade do estado, com 7,6 nascimentos por mil habitantes, seguido por Mâncio Lima, que registrou índice semelhante, de 8,1.

Quando analisados os dados de mortalidade, Santa Rosa do Purus apresentou a maior taxa proporcional, com 6,1 óbitos por mil habitantes. Epitaciolândia e Plácido de Castro também aparecem entre os municípios com índices elevados, registrando 6,1 e 6,3 mortes por mil habitantes, respectivamente. Já Porto Walter e Jordão figuram entre as cidades com menor mortalidade proporcional, com taxas de 1,9 e 2,2.

Na capital acreana, Rio Branco, os indicadores ficaram em um nível intermediário em relação ao restante do estado. O município registrou 15,7 nascimentos e 5,2 óbitos por mil habitantes ao longo de 2024.

Em âmbito nacional, o levantamento do IBGE aponta que o Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos em 2024, número que representa uma queda de 5,8% em comparação com 2023. Esse foi o sexto recuo consecutivo na série histórica iniciada em 1974. Todas as regiões do país apresentaram redução, com destaque para o Sudeste, Norte e Sul.

O Acre acompanhou essa tendência nacional e apresentou uma das maiores quedas proporcionais do país, com redução de 8,7% no total de nascimentos. O cenário reforça as desigualdades regionais dentro do próprio estado e acende o alerta para a necessidade de planejamento de políticas públicas voltadas à saúde, educação e desenvolvimento social, diante do avanço da retração demográfica.

Com informações: Juruá Informativo

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