Redação Juruá Online
Em 2024, o Acre reportou mais de 750 casos de malária, a cidade de Cruzeiro do Sul destacou-se como o epicentro da doença na região do Vale do Juruá. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) mostram que 88,3% dos casos ocorridos entre janeiro e outubro deste ano foram identificados nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, com Cruzeiro do Sul sendo o mais afetado.
Embora o número de casos seja elevado, o estado tem se esforçado em controlar a malária, observando uma redução de 47,4% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 1.436 notificações. O total de 755 casos de malária falciparum, a forma mais grave da doença, é um sinal negativo, mas a Secretaria de Saúde alerta que a vigilância contínua é fundamental, especialmente em áreas endêmicas.
Coincidindo com o Dia da Malária nas Américas, celebrado em 6 de novembro, a Sesacre intensificou sua campanha de conscientização com o lema “Ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento sem barreiras”. A iniciativa visa garantir que os moradores de Cruzeiro do Sul e outras áreas afetadas tenham acesso rápido a diagnósticos e tratamentos adequados para combater a doença de forma eficaz.
Além dos esforços em diagnóstico e tratamento, a Secretaria reitera a necessidade de medidas preventivas, como o uso de mosquiteiros e o saneamento adequado, para evitar a propagação do mosquito transmissor da malária. Embora a malária seja uma doença tratável, é crucial que os sintomas, que incluem calafrios, febre alta e dores musculares, sejam reconhecidos e tratados a tempo para evitar complicações, como a malária cerebral.
A meta de eliminação da malária no Brasil até 2035 exige a colaboração de todos os setores e o comprometimento das comunidades, sendo o caso de Cruzeiro do Sul um exemplo da importância dessas ações integradas na luta contra a doença.