Redação Juruá Online
Nos últimos dois meses, Cruzeiro do Sul registrou um aumento de 78% nos casos positivos de dengue, com 51 novos diagnósticos confirmados entre outubro e novembro. Apesar desse crescimento no período recente, comparando os dados com o mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 5% nos casos.
A preocupação com a doença cresce devido ao período chuvoso, que favorece a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Segundo Leonísio Messias, coordenador da Vigilância Entomológica do município, a situação exige ações intensivas, principalmente nos bairros mais críticos, como Aeroporto Velho, Miritizal, João Alves, Cruzeirão e Telégrafo.
“É um período muito preocupante. Estamos presenciando muitas chuvas, e muitos depósitos estão vulneráveis, inclusive aqueles que ficam nos quintais. Pequenos depósitos inservíveis são potenciais criadouros do mosquito. Como a chuva tem colaborado para isso, precisamos cuidar do nosso ambiente”, ressaltou.
Para conter a proliferação do mosquito, os agentes de saúde têm realizado visitas diárias nos bairros, orientando a população sobre como evitar criadouros e manejar corretamente depósitos de água e lixo. A Vigilância também identificou que os criadouros mais frequentes são caixas d’água e depósitos ao nível do solo, que acumulam larvas em períodos de chuva.
Além das orientações sobre o controle de criadouros, os agentes de saúde também alertam a população para os sintomas da dengue, como febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas. Em caso de suspeita, é essencial procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
O coordenador reforça a importância da colaboração dos moradores para reduzir os casos da doença.
“Queremos que todos nós, como cidadãos, cuidemos dos nossos depósitos de água. Por isso, devemos fortalecer ainda mais essa parceria com a comunidade, para cuidarmos dos nossos quintais e protegermos nossos depósitos de água, evitando que se tornem potenciais criadouros”, ressaltou Messias.