Cruzeirenses se reúnem nos cemitérios para homenagear entes queridos no Dia de Finados

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Redação Juruá Online

Desde as primeiras horas da manhã deste domingo (2), os cemitérios de Cruzeiro do Sul registraram intensa movimentação de famílias que foram prestar homenagens a seus entes queridos, em celebração ao Dia de Finados. Entre velas acesas, flores e orações, o clima era de saudade, mas também de gratidão e lembrança.

A moradora Maria do Socorro Souza Freitas, de 67 anos, contou que costuma acender velas em casa, mas este ano decidiu ir até o cemitério. “Meu esposo quis vir hoje. Trouxe algumas velas de casa, mas comprei mais aqui. A gente vem por amor, né? Mesmo que já tenham partido, nunca esquecemos. É o nosso jeito de estar perto”, disse emocionada.

O aposentado Raimundo Lima dos Santos, de 63 anos, aproveitou o dia para limpar o túmulo do pai e manter viva a memória dele. “Eu era filho único e muito ligado a ele. Enquanto eu estiver na terra, vou continuar vindo aqui. É uma forma de não deixar cair no esquecimento”, contou.

Já o senhor Francisco da Costa Evangelista, de 75 anos, reforçou a importância de cultivar a lembrança dos pais. “É um prazer muito grande vir aqui acender vela. Todos nós chegamos a esse momento da vida, e é importante ser lembrado depois que se vai”, afirmou.

O professor Francisco Salles esteve acompanhada da família para visitar o túmulo da avó. Segundo ela, o momento é de união e reconhecimento. “A gente faz a limpeza, coloca flores e acende velas como forma de gratidão. É um gesto para lembrar o que ela representou e o legado que deixou para nós”, destacou.

Entre as visitantes, Valdeíza dos Santos viveu um momento de forte emoção ao lembrar da irmã, a professora Valdilene, falecida há um ano. “A saudade é todos os dias. Pra mim, vir aqui é uma tradição, mas também uma forma de aliviar o coração. Às vezes, saio do trabalho e venho conversar com ela. É o lugar do nosso último encontro”, disse, com a voz embargada.

Enquanto muitos dedicavam o dia às homenagens, outros aproveitavam a data como oportunidade de trabalho. O vendedor Alex Barbosa Silva, por exemplo, comercializa velas e isqueiros há seis anos no local. “Todo ano eu venho. Trouxe cerca de 60 caixas de velas e já vendi quase tudo. É uma forma de ganhar um dinheirinho extra nesse dia e, graças a Deus, as vendas estão boas”, comemorou.

O Dia de Finados em Cruzeiro do Sul foi marcado por fé, lembranças e reencontros simbólicos. Entre lágrimas e sorrisos, o sentimento que unia todos era o mesmo: o amor que permanece, mesmo diante da ausência.

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