Uma equipe entusiasta da aviação se deslocou até o município de Mâncio Lima onde aconteceu os destroços do acidente envolvendo um Boieng 737-200 Cargueiro da extinta VASP (Viação Aérea São Paulo).
O acidente matou dois tripulantes e um mecânico da empresa no dia 22 de junho de 1992 e já se aproximam dos 30 anos do ocorrido. Alguns destroços continuam lá, mas a maioria foi levado pelas enchentes e vazantes do Rio Môa.

Segundo o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foi durante a madrugada de uma segunda-feira quando os pilotos Dárcio Lino de Mattos e Ricardo Desidério Lopes (co-piloto) já se aproximavam da descida para Cruzeiro do Sul, quando o alarme de fumaça do compartimento de carga começou a soar.
Jefferson Cordeiro Maia é fotógrafo, engenheiro civil e criador da página Aviação Acreana, que produz conteúdos sobre aviação para as redes sociais. Em sua última publicação no facebook e instagram, ele mostra sua jornada em busca dos destroços que ainda restam do Boeing.

“A maioria dos destroços do Boeing já não se encontram mais no local, alguns foram soterrados pelo movimento das águas do Rio Môa e outros foram levados por desconhecidos como lembrança da tragédia que há 30 anos marcou a história do Vale do Juruá”, relatou Cordeiro.
O mecânico Mauro da Silva Borges foi enviado para acionar o extintor, caso houvesse necessidade, porém ele disse não haver anormalidade no compartimento. O comandante pediu para que ele fechasse a parte e sentasse para que o pouso procedesse e fosse feita a verificação em solo. Eles não perceberam que estavam muito abaixo da rampa ideal de descida. Cerca de 15km antes do pouso, a aeronave colidiu com as copas da árvore e atingiu o solo.

