A vida da família da pequena Ayla Vitória, de 1 ano, virou de cabeça para baixo desde a última quarta-feira (23), quando a pequena foi diagnosticada com leucemia no Hospital de Câncer do Acre (Unacon). Com diagnóstico em mãos, os pais decidiram levar Ayla para o Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba (PR), já que a unidade é referência no tratamento de câncer em crianças.
Para isso, os pais deixaram tudo para trás e na sexta-feira (25), com ajuda de amigos, venda de rifas e doações, se mudaram para tentar um tratamento melhor para a filha. A enfermeira Alessandra Amorim, mãe de Ayla, conta que nesta segunda-feira (28) será a primeira consulta da pequena na unidade de saúde da cidade.
“Conversamos com a médica no Unacon que estava cuidando dela e a gente decidiu trazer por conta própria para fora do estado, porque, teoricamente, como o Acre oferece o tratamento não tinha como ser via TFD [Tratamento Fora do Domicílio], e a gente teve que vir por conta própria. A gente pesquisou e encontramos o Hospital Pequeno Príncipe, que fica em Curitiba, que é referência para tratamento oncológico infantil. Nós chegamos em Curitiba sexta-feira [25] em busca de uma porta de entrada para ela via SUS porque a gente não tem condições de manter particular”, explica.
Nesta segunda-feira (28), a menina deve passar pela primeira consulta em uma unidade básica de saúde de Curitiba para que seja encaminhada ao hospital.
“O que a gente sabe é que é leucemia e que o tratamento é longo e demorado. A médica disse que é mais ou menos dois anos e meio, mas a gente está com a cara e coragem em busca de um melhor tratamento para ela. Os amigos foram ajudando, fazendo campanha, rifa, doação, para ajudar a nos manter aqui. No momento estamos em casa de colegas que nem conheciam a gente pessoalmente, mas que se dispuseram a nos ajudar, a receber a gente por uma semana até a gente se estabilizar por aqui”, conta.
As campanhas estão sendo feitas pelas redes sociais, no perfil dos pais de Ayla. Há arrecadações e também venda de rifas.
‘Nossa vida mudou em 24 horas’
A investigação da doença começou em outubro do ano passado, quando, segundo a mãe, Ayla desenvolveu uma forte alergia, após isso, fez uma bateria de exames.
“Foi uma semana para tirar ela da crise alergia, que não sabíamos o que era, e levamos ela em um alergista, que passou uma bateria de exames para ver o que era. Quando a gente refez, deu sugestivo para leucemia e aí ele avaliou, encaminhou para a especialista e chegou lá, ela refez o exame e confirmou que minha filha tinha células cancerígenas malignas. Colocamos Deus na frente e da noite pro dia a gente viajou e conseguimos chegar aqui e Deus está abrindo as portas. E estamos fazendo campanha para custear estadia e alimentação porque deixamos tudo para trás. Nossa vida mudou em 24 horas”, disse.
Com informações g1.