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Corpo de Bombeiros continua monitorando incêndios em área de preservação em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima

O número de ocorrências atendidas desde junho ultrapassa 771, uma quantidade consideravelmente maior do que nos anos anteriores, o que tem demandado um esforço redobrado das equipes

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Redação Juruá Online

O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul intensificou suas ações no combate a incêndios florestais nas últimas semanas, especialmente em áreas de preservação como o Parque Nacional da Serra do Divisor e regiões próximas a Mâncio Lima. O comandante Josadaque Cavalcante relatou um aumento significativo no número de ocorrências comparado ao ano passado.

Segundo o comandante, focos de incêndio foram detectados em uma área de aproximadamente 5 mil hectares, abrangendo 20 km de extensão. O combate se concentrou em áreas de amortecimento, que circundam as zonas de preservação, evitando que o fogo avançasse para a vegetação nativa. “Foram identificados mais de 30 focos de incêndio, e as equipes foram mobilizadas para atuar tanto de forma manual quanto com o uso de máquinas pesadas”, disse Cavalcante.

Na área da Japiim, em Mâncio Lima, o trabalho incluiu a abertura de linhas de defesa com maquinário pesado, criando faixas de 5 a 6 metros de largura para conter o avanço do fogo. Além disso, brigadistas e bombeiros trabalharam manualmente nas áreas de vegetação mais densa, onde o uso de maquinário não era possível.

A situação se agravou devido ao clima seco, permitindo que o fogo se alastrasse rapidamente. No entanto, uma chuva significativa no último domingo trouxe alívio temporário, permitindo que as equipes recuassem para monitoramento. “Hoje, estamos utilizando drones com câmeras térmicas para verificar se ainda há focos de calor na região. Dependendo do resultado, poderemos retomar as operações de combate”, explicou o comandante.

Além do combate direto, o Corpo de Bombeiros tem realizado ações de conscientização junto às comunidades rurais, orientando sobre os riscos de queimadas durante o período proibitivo. Até o momento, já foram realizadas 185 palestras educativas em áreas vulneráveis. “Muitas pessoas ainda acreditam que a floresta nativa não queima, mas as mudanças climáticas têm mostrado o contrário. Estamos reforçando que, durante esse período, as queimadas são proibidas e podem facilmente sair do controle”, alertou o comandante.

O número de ocorrências atendidas desde junho ultrapassa 771, uma quantidade consideravelmente maior do que nos anos anteriores, o que tem demandado um esforço redobrado das equipes. Incêndios de grande proporção, como o registrado no Cinturão Verde, próximo a Cruzeiro do Sul, também foram combatidos, com as equipes permanecendo em ação por mais de 8 horas consecutivas para evitar que o fogo atingisse áreas residenciais.

A origem dos incêndios ainda está sendo investigada, com indícios de que alguns possam ter sido causados por práticas agrícolas inadequadas. O IMAC (Instituto de Meio Ambiente do Acre) está acompanhando a situação para determinar as causas exatas.

Confira a análise dos pontos de calor:

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