Redação Juruá Online
O concurso da Secretaria Estadual de Educação do Acre, realizado no último domingo, 1º de dezembro, enfrentou sérios problemas que levaram ao cancelamento das provas objetivas e discursivas. O Instituto Nosso Rumo, responsável pela aplicação do certame, fez um pronunciamento contestando a decisão do governo e atribuindo as falhas ao comportamento dos candidatos.
Em um ofício enviado ao secretário de Educação, Aberson Carvalho, o gerente executivo do instituto, Paulo Guilherme Júnior, afirmou que houve tumulto durante a aplicação das provas, causado pela recusa de alguns candidatos em se alocarem em outras salas da Escola Djalma Teles. Segundo a banca, apenas 1,18% dos mais de 52 mil inscritos foram afetados pela intercorrência, e por isso, solicitou que o ato de cancelamento fosse retificado, pedindo que apenas as provas do turno vespertino daquela escola fossem reaplicadas.
Por sua vez, o secretário Aberson Carvalho, em nota oficial, reafirmou a decisão do governo de cancelar todas as provas, enfatizando a importância de garantir a isonomia entre todos os participantes. Ele destacou que somente a medida de cancelamento total poderia assegurar a igualdade de oportunidades.
A situação gerou reações intensas, especialmente do deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), que usou suas redes sociais para criticar a postura do Instituto Nosso Rumo, classificando-a como incompetente. Magalhães pediu uma resposta firme do governo e sugeriu a rescisão do contrato com a banca, indicando que o Estado deve acionar judicialmente a instituição por danos materiais e morais.
Essa polêmica no concurso da Educação, que envolveu mais de 52 mil candidatos, evidencia a tensão entre a defesa da isonomia nos concursos públicos e a responsabilidade das instituições encarregadas de sua realização. O desfecho dessa situação permanece indefinido, enquanto os candidatos aguardam definições sobre a nova data para a aplicação das provas.