O Acre confirmou mais 106 novos casos de Covid-19 neste sábado (15), de acordo com o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O número de casos aumentou de 89.529 para 89.635. Nenhuma morte foi notificada, assim, o número de vítimas fatais pela doença continua sendo 1.854 no estado.
Ao todo, 250 exames estão à espera de análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) e 86.374 pessoas receberam alta médica desde o inicio da pandemia.
Em todo o estado há 12 pessoas internadas, sendo nove com teste positivo. A taxa de ocupação da UTI nas unidades de saúde é de 15%. Dos 20 leitos existentes, três estão ocupados. São 10 leitos de UTI em Rio Branco e 10 em Cruzeiro do Sul.
Desde que a base de dados voltou a funcionar, na terça (11), o Acre teve um boom de casos, totalizando, até este sábado, 1.195 novos infectados.
Com o aumento no número de casos, as unidades de saúde voltaram a ficar lotadas em Rio Branco. A busca por testes em farmácias também aumentou.
Chegada de vacinas para crianças
Os municípios do Acre já começaram a receber as vacinas contra a Covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. O primeiro lote com 7,2 mil doses da vacina da Pfizer destinado a este público chegou ao Acre na noite dessa sexta-feira (14), por volta das 22h20 no horário local. A vacinação para este público começa em todo o estado na segunda (17).
A primeira informação era de que o voo que traria as doses chegaria ao estado acreano na noite de quinta (13), mas o avião pousou sem a carga.
A gerente do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, Renata Quiles, informou que a distribuição começou ainda na madrugada deste sábado (15) e que os quatro municípios isolados do estado – Jordão, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Santa Rosa do Purus – vão receber o imunizante na segunda (17) por via aérea.
A capital acreana vai disponibilizar cinco unidades de saúde para imunizar as crianças de 5 a 11 anos. A informação foi confirmada pela chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins.
Sem sistema
O estado chegou a ficar dois dias sem emitir o boletim alegando instabilidade do sistema de notificação ESUS-VE e da dificuldade que a equipe técnica estava tendo com a consolidação dos dados de Covid-19, referente aos testes de RT-PCR e Testes Rápidos de antígeno. A divulgação do boletim do coronavírus foi suspensa nos dias 8 e 9 deste mês e retornou na última segunda (10).
No dia 31 de dezembro, quando o governo estendeu a obrigatoriedade da máscara no estado, o Comitê de Acompanhamento Especial da Covid alertou que existia uma subnotificação de casos devido à instabilidade nos sistemas Sivep-Gripe, Conecte-SUS, e E-SUS Notifica, que ocasionou a indisponibilidade das bases de dados do Ministério da Saúde.
Ainda na nota, o governo disse que existia a possibilidade de aumento de casos no início de 2022.
“Devido a estes e demais fatores de risco, a previsão é de que haja aumento de novos casos no período de janeiro a março, por isso a importância da continuidade de prevenção à doença com a manutenção das medidas sanitárias que determinam: evitar aglomeração e manter distanciamento de 2 metros entre as pessoas; evitar compartilhar objetos e equipamentos nos espaços públicos; uso obrigatório de máscara em todos os ambientes, entre outras.”
Porém, em nota enviada na segunda (10), o Ministério da Saúde informou que a instabilidade não deveria interferir nos dados da vigilância epidemiológica de síndromes agudas respiratórias, incluindo a Covid.
“Desde então, as informações inseridas pelos estados e municípios nos sistemas estão retornando gradualmente às plataformas nacionais, possibilitando que os dados de saúde possam ser acessados por todos os usuários. A pasta esclarece que a instabilidade nos sistemas não interferiu na vigilância epidemiológica de síndromes agudas respiratórias, incluindo a Covid-19. O Ministério da Saúde continua realizando o monitoramento no Brasil para tomada de decisões frente ao atual cenário”, destaca.
Uso obrigatório da máscara
O Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 emitiu recomendação técnica à Casa Civil, orientando o governo para que determinasse a manutenção das medidas sanitárias referentes à pandemia da Covid-19. A preocupação agora é com a variante ômicron, mesmo sem ter casos confirmados no estado.
Então, o governador Gladson Cameli determinou a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes internos e externos até o dia 15 de janeiro de 2022, data em que as autoridades em saúde do Estado farão outra avaliação do cenário epidemiológico para que o governador determine as próximas medidas.
Por G1