
Agora, quase finalizando o mês de abril, que integrado a ele está o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (02) – um momento que reforça a conscientização e a briga em torno dos direitos, que garantem vida plena às pessoas autistas. Mas, bem mais do que um momento é um dia que põe em evidência o quanto, todos os dias cada pessoa autista é única.
Assim sendo, decidi trazer um pouquinho da Adriana Torres, de 52 anos. Ela é adestradora de cães de assistência, mora em Minas Gerais – MG, é uma pessoa autista, a qual eu tive o grande prazer de conhecê-la na Cúpula Regional da América Latina e Caribe sobre Deficiência, que aconteceu no Rio de Janeiro – RJ ano passado.
A Dri tem autismo nível 1 e, por causa dele ela apresenta altas habilidades verbais, um hiperfoco em músicas e animais e seus stims ou movimentos repetitivos que a ajudam a se autorregular, a se comunicar e concentrar.
Entretanto, quem ver esse diagnóstico certinho agora nem imagina o quanto ela sofreu e sofre até hoje com prejuízos, como depressão grave por ter tido um diagnóstico extremamente tardio. O seu diagnóstico só veio aos 46 anos e ela acredita que se não tivesse sido mãe nunca teria descoberto que tinha autismo.
A Adriana é mãe do Leon, que também é autista e depois que ele chegou, uma gama de conhecimentos sobre o tema se encontrou com essa adestradora de cães. A partir disso, ela foi entendendo e se autoconhecendo como uma pessoa autista única no planeta.
Ritinha Andrade



