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Brasil vai buscar centésima medalha de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio

Faltam apenas 13 medalhas douradas para atingir os três dígitos

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Após cinco anos de espera, o Brasil chega aos Jogos Paralímpicos de Tóquio com a meta de fazer história. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) espera alcançar a marca do centésimo ouro na Terra do Sol Nascente. Faltam apenas 13 medalhas para atingir os três dígitos.

As primeiras conquistas vieram em 1984, nos Jogos de Nova York e Stoke Mandeville. Naquele ano, foram sete medalhas de ouro, 17 de prata e quatro de bronze. Uma das pioneiras foi Márcia Malsar, ela subiu ao lugar mais alto do pódio na prova nos 200m rasos.

Márcia Malsar com a medalha de ouro dos Jogos de 1984 — Foto: Reprodução

Márcia Malsar com a medalha de ouro dos Jogos de 1984 — Foto: Reprodução


– Fiquei muito emocionada quando subi ao lugar mais alto do pódio. Foi muito lindo! – comentou Márcia, que aos 61 anos fala com dificuldade por conta do quadro severo de paralisia cerebral.

No Jogos Paralímpicos de 2016, disputados no Rio de Janeiro, a delegação brasileira conquistou 14 medalhas douradas. A meta de conquistar 13 em Tóquio é, portanto, bastante factível. Ainda mais com uma delegação tão grande, serão 253 atletas competindo na 16ª edição das Paralimpíadas. A maior delegação da história em um evento fora do país.

Alan Fonteles comemora conquista do ouro em Londres 2012 — Foto: Getty Images

Alan Fonteles comemora conquista do ouro em Londres 2012 — Foto: Getty Images

Alan Fonteles, que embarca para a sua quarta participação na competição, colaborou com um dos 87 ouros do Brasil ao vencer, o então favorito, Oscar Pistorius nos 200m em Londres 2012.

A campanha brasileira mais dourada em uma edição de Jogos Paralímpicos foi justamente na capital inglesa, quando o país subiu 21 vezes ao lugar mais alto do pódio.

– Um dia vou mostrar para os meus filhos e para os meus netos: “Ó, meu nome está aqui na lista dos 100 atletas, os primeiros 100 atletas medalhistas dos Jogos Paralímpicos pelo Brasil” – falou Alan.

O brasileiro cuida muito bem da conquista, a medalha fica guardada dentro de um cofre em um banco.

Descrição da imagem: com ouro no peito, Daniel Dias olha para cima — Foto: REUTERS/Sergio Moraes

Descrição da imagem: com ouro no peito, Daniel Dias olha para cima — Foto: REUTERS/Sergio Moraes

O atleta que mais colaborou e somou vitórias pelo país foi Daniel Dias. O nadador é dono de 14 ouros em Paralimpíadas. Maior medalhista da natação, ele já avisou que vai se aposentar no dia 5 de setembro, data que marca o encerramento da competição na capital japonesa.

Tomar a decisão de deixar as piscinas não foi fácil. Aos 33 anos, o maior nadador paralímpico de todos os tempos colocou os prós e contras na balança e decidiu que precisava passar mais tempo com a esposa Raquel e os três filhos: Asaph, Danielzinho e Hadassa.

– Eu fico feliz por ter dado continuidade às conquistas de tantos outros que passaram pelo movimento paralímpico: Ádria, Clodoaldo e tantos outros – afirmou Daniel.

Brasileiros conquistam ouro na bocha Evelyn Oliveira, Antonio Leme e  Evani Calado — Foto: André Durão

Brasileiros conquistam ouro na bocha Evelyn Oliveira, Antonio Leme e Evani Calado — Foto: André Durão

As três modalidades mais vencedoras desde a estreia do Brasil em 1972 são: atletismo, natação e bocha.

– A minha primeira Paralimpíada foi no Rio. A conquista do ouro lá serve muito de motivação para que, agora em Tóquio, a gente consiga um resultado tão excelente quanto – comentou Evelyn Oliveira, campeã da bocha.

Depois de um ano de incertezas e ansiedade por conta da pandemia do novo coronavírus, os Jogos Paralímpicos de Tóquio começam no dia 24 de agosto.

Por GE

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