A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou, na manhã desta quarta-feira (12), a primeira morte no estado em decorrência da varíola dos macacos no estado. Esta é a sexta morte pela doença no país.
Segundo a pasta, o paciente tinha 26 anos, era da capital paulista e estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto. Ele possuía diversas comorbidades e passava por tratamento com antirretrovirais para uso emergencial em pacientes graves.
Ainda de acordo com o governo, SP tem 3.861 casos confirmados da doença, com redução do registro de novos casos nas últimas semanas.
O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. O vírus da Monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual.
A varíola dos macacos é uma doença atualmente tratada como uma emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trata-se de uma zoonose viral: uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do atual surto, a varíola dos macacos ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.
Em agosto, o governo de SP anunciou um plano de de enfrentamento da doença.
A medida tem 93 hospitais de retaguarda, uma rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica e serviço de orientação 24 horas para profissionais de saúde. Na ocasião, também foram definidos protocolos de diagnóstico e assistência.
Veja os principais pontos do protocolo assistencial de SP:
- Paciente com sintomas chega a UBS, consultório ou hospital;
- Caso é definido como suspeito, provável ou confirmado;
- Paciente suspeito faz PCR;
- Mesmo sem a confirmação, paciente suspeito e contactantes já são orientados para realizar isolamento;
- Em caso confirmado, notificação ao estado é compulsória e deve ser feita em até 24 horas da confirmação;
- Em casos leves, o isolamento é domiciliar, e, em graves, hospitalar;
- O caso confirmado e os contactantes serão monitorados uma vez por dia, por telefone, por 21 dias.
Protocolo para grávidas e lactantes
A grávida que for diagnosticada com varíola dos macacos será acompanhada e indicada para o parto em uma unidade de saúde de alto risco. A indicação para o parto passa a ser de cesárea, mas, caso não hajam lesões na região perianal, poderá ser avaliada a possibilidade de parto normal.
Já as mulheres que amamentam e forem infectadas receberão a orientação de ficar 14 dias sem amamentar.
Com informações g1