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Brasil perde para a Polônia e disputará o bronze no Mundial de vôlei masculino

Brasil leva a pior e vai disputar o terceiro lugar neste domingo

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Do banco de reservas, Bruninho cantou uma falta e deu a entender que a sorte estava ao lado do Brasil. O primeiro set da semifinal deste sábado deu sinais de que seria um jogo fácil, mas a Polônia estava determinada a seguir adiante na competição disputada dentro da sua casa. A seleção brasileira deu adeus à vaga na final do Mundial de vôlei masculino ao levar a virada e ser derrotada por 3 sets a 2, com parciais de 23/25, 25/18, 25/20, 21/25 e 15/12. Agora, o Brasil vai disputar a medalha de bronze.

O Brasil não deixa de ir à final de um Mundial desde 1998, na edição disputada no Japão, quando ficou com a quarta colocação. Agora, o time de Renan Dal Zotto vai enfrentar o perdedor da partida entre Itália e Eslovênia. A briga pela medalha de bronze está marcada para este domingo, às 13h (de Brasília).

Leal tenta o ataque na semifinal contra a Polônia no Mundial de Vôlei — Foto: FIVB

Leal tenta o ataque na semifinal contra a Polônia no Mundial de Vôlei — Foto: FIVB

O Brasil teve dois grandes momentos no jogo, mas depois não resistiu a uma Polônia estruturada e valente em quadra. No primeiro set, a seleção viu uma ótima atuação do ponteiro Lucarelli e contou com a experiência do levantador Bruninho. Do banco de reservas, o capitão cantou uma falta na rede que garantiu a parcial. No quarto set, ele entrou em quadra e forçou o tie-break para o Brasil. Lucarelli sentiu a panturrilha esquerda, e ficou nítida a falta dos demais atacantes.

Leal se apresentou pouco para o jogo, e Wallace só apareceu com Bruninho na jogada. Já os poloneses tiveram volume de equipe. Além do bom desempenho do líbero Zatorski, Kurek, Sliwka e Semeniuk equilibraram as ações ofensivas e garantiram a vaga na final.

Melhores momentos de Polônia 3 x 2 Brasil pela semifinal do Mundial de vôlei masculino

Maiores pontuadores:

Kurek – 24 pontos
Semeniuk – 23 pontos
Lucarelli – 18 pontos
Leal – 13 pontos

Pontos de ataque:
Brasil: 55
Polônia: 66

Pontos de bloqueio:
Brasil: 8
Polônia: 10

Pontos de saque:
Brasil: 3
Polônia: 3

Pontos em erros adversários:
Brasil: 30
Polônia: 34

Polônia festeja vaga à final do Mundial de Vôlei — Foto: FIVB

Polônia festeja vaga à final do Mundial de Vôlei — Foto: FIVB

Normal o começo irregular diante de um ginásio completamente lotado e com torcida absolutamente contra. O Brasil sentiu o peso do jogo e a força do saque da Polônia, que não aliviou em momento algum do primeiro set. O time da casa chegou a abrir três pontos de vantagem, e técnico Renan Dal Zotto pediu tempo. A seleção igualou a partida em 9 a 9 e depois ficou à frente no placar com ótima atuação de Lucarelli: 16 a 13.

A tática de pesar no saque passou a não funcionar mais para os poloneses. Foram erros seguidos, que deixaram o Brasil com margem ainda mais confortável na parcial: 19 a 15. A seleção, agora segura e com um esquema bem definido em quadra, jogou ponto a ponto. A Polônia reagiu de forma impressionante e quando pensou que levaria a partida ao empate em 24 a 24, Bruninho – do banco de reserva – enxergou uma falta na rede e pediu que o técnico Renan solicitasse o desafio. Ponto e set do Brasil: 25 a 23.

A Polônia voltou para o segundo set determinada a retomar as rédeas do jogo. Kurek e Sliwka assumiram as ações de ataque e foram os responsáveis pela larga vantagem do placar: 16 a 10. O Brasil sentiu a mudança do jogo adversário e passou a cometer muitos erros. Renan Dal Zotto optou em tirar o levantador Fernando Cachopa e colocou o capitão Bruninho em quadra. Logo na sua primeira jogada, ele cometeu dois toques que foram muito contestados pela comissão técnica do Brasil.

Renan pediu tempo para tentar reorganizar a seleção, mas não adiantou. Kurek seguiu potente no ataque, mantendo a vantagem no marcador: 21 a 15. Darlan foi acionado no lugar de Wallace, mas errou o saque e saiu de quadra na sequência. Com tranquilidade, a Polônia fechou a segunda parcial em 25 a 18 e deixou tudo igual na partida.

Lucão sabia que o caminho era parar Kurek e Sliwka. Na volta à quadra, o central campeão olímpico fez o dever de casa e deixou o Brasil em vantagem. Ele também foi importante no ataque. A seleção fez um bom começo de terceiro set, mas a depois não conseguiu resistir à linha de passe da Polônia. Os donos da casa se ajustaram e deram muito trabalho, com o ponteiro Semeniuk determinante na parcial.

O técnico Renan Dal Zotto buscou alternativas e pediu tempo, mas o Brasil não soube aproveitar as oportunidades. Mesmo acionados por Cachopa, de volta ao time desde o começo do set, Leal e Wallace não estavam rodando as bolas. Semeniuk, por sua vez, seguiu marcando pontos e definiu mais uma parcial para a Polônia: 25 a 20.

Lucão foi consistente durante toda a semifinal contra a Polônia — Foto: FIVB

Lucão foi consistente durante toda a semifinal contra a Polônia — Foto: FIVB

O levantador Bruninho começou o quarto set em quadra. A energia mudou, e as jogadas passaram a fluir com mais facilidade. O capitão chamou seguidamente o oposto Wallace, que respondeu com muita eficiência. Lucarelli continuou virando as bolas, e o Brasil foi construindo uma boa vantagem no placar. Abatido, sem conseguir entrar no jogo, Leal deu lugar ao ponteiro Rodriguinho.

A Polônia tentou igualar a parcial, mas Bruninho manteve a intensidade da seleção. Com 22 a 18 no marcador, Lucarelli voltou a sentir dores na panturrilha esquerda e deixou a quadra. O ponteiro Adriano foi acionado e defendeu uma bola importante. Em um bloqueio de Bruninho, o Brasil fechou em 25 a 21 e forçou o set desempate.

O técnico Renan Dal Zotto chamou Leal para o set decisivo. Adriano retornou ao banco, e Rodriguinho seguiu em quadra no lugar do Lucarelli. A energia do set anterior permaneceu na equipe e nitidamente a Polônia sentiu a possibilidade de perder o jogo. O Brasil começou na frente, com Wallace virando uma bola importante. Os centrais Flávio e Lucão fizeram ótimas jogadas com Bruninho.

O jogo ficou muito igual, com as times trocando pontos. A Polônia cresceu em um erro do Brasil. Apoia pela torcida, que não deixou de cantar um só minuto, a equipe da casa engatou uma boa sequência de ataques que desestabilizou a seleção brasileira. Havia a chance de virar, mas Wallace titubeou no ataque e deu a vitória para a Polônia: 15 a 12.

Via Globo Esporte

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