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Bittencourt opina sobre situação envolvendo saída de Diniz da seleção

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Mário diz que Diniz, por ser inteligente, já estava pensando em maneiras de implementar seu estilo mais rapidamente à seleção (Foto: Vitor Silva – CBF)

Recentemente, a saída de Fernando Diniz do cargo de técnico interino da seleção brasileira pegou a muitos de surpresa e causou certa polêmica pela forma abrupta na qual foi demitido. Em entrevista coletiva na última quarta-feira, no CT Carlos Castilho, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, foi questionado a respeito. Ele se limitou a falar a respeito da parte que tinha conhecimento da história.

Num primeiro momento, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, havia afirmado que Fernando Diniz seria interino com um contrato de um ano. No meio desta temporada, viria Carlo Ancelotti, que acabou ficando no Real Madrid (ESP). Após conseguir na Justiça voltar ao comando da entidade nacional, Ednaldo optou por encerrar o vínculo com o técnico do Fluminense e contratar Dorival Júnior, ex-São Paulo.

— Vou falar sobre o que sei. As outras perguntas têm de ser feitas para a CBF. Acho que se ele ficasse três, quatro, cinco anos, o resultado ia aparecer na Copa. Ele é inteligente. Já estava pensando em maneiras de implementar (seu estilo de jogo) mais rapidamente. Futebol leva tempo. Conquistamos a Libertadores em 2023, mas ela não começou em 23. Fomos construindo desde 2019. Levou cinco anos. Nós hoje somos líderes do Carioca, com o auxiliar fixo que é o Marcão, que em outras duas vezes nos deixou na Libertadores. Eu não esqueço. Muitos questionam porque temos um auxiliar fixo. Tem uma estrutura aqui dentro. Às vezes vai ganhar e vai perder, mas aqui sabemos o que estamos projetando e construindo. A CBF procurou o Fernando e tivemos a opção de não perder. Naquele momento foi em comum acordo. Não dividia o tempo. Sempre que estava aqui era 100% e no pouco tempo que estava na seleção se dedicava 100% à seleção. Deu para conciliar porque eram datas da seleção que não interferia no nosso planejamento. Por isso foi contrato de um ano. Porque depois tinha Copa América e preparação para a Copa do Mundo. Depois chegaria o Ancelotti – iniciou, prosseguindo:

— E lhe foi ofertado seguir na seleção. Ele recusou. Pois continuaria aqui. Poderia até acontecer, porque a vida é mutável. O que aconteceu no fim do ano passado, foi que por decisão do presidente da CBF, optou por rescindir o contrato e nos comunicou. Agradeceu por termos aceitado, mas a CBF não contava mais com o trabalho do Fernando. Foi o que aconteceu. Sei até aí. O que fez a CBF mudar de ideia, tem de perguntar pra eles. O que não achei que se conectou, foi que em algum momento saiu matéria de não atrapalhar o planejamento do Fluminense. Me questionaram no velório do Zagallo e eu falei que não tinha isso. Em nenhum momento teve situação do Fluminense. Gosto do Dorival e torço por ele e pela seleção. Falando como tricolor: fiquei feliz da vida por ter o Diniz aqui por mais tempo e que a gente ganhe outra Libertadores (risos).

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