Redação Juruá Online
O curso de aquaviário, promovido pela Coordenação de Educação de Cruzeiro do Sul, em parceria com a Marinha do Brasil, iniciou nesta segunda-feira (21), e tem duração de 5 dias, totalizando 52 horas. É direcionado à barqueiros que prestam serviço transportando cerca de mil estudantes da rede estadual de educação do município, nos rios e lagos da região.
O curso é composto por diversas disciplinas na área de navegação, entre elas, noções básicas de navegação, estrutura das embarcações, primeiros socorros, sobrevivência de náufrago, regras de manobras, luzes e sinais sonoros, noções básicas de estabilidade, combate à incêndio, operações com motores e prevenção da poluição do meio ambiente, habilitando os alunos barqueiros a conduzirem embarcações de médio e grande porte.
Ministrado pela Marinha do Brasil, o curso, que conta com direito à certificado ou carteira aquaviária, garante que os barqueiros das escolas ribeirinhas se habilitem para operar nas embarcações, com conhecimentos técnicos, para garantir a segurança na condução dos estudantes, como destaca José Maria, gerente da Empresa Rota M, responsável pelo transporte desses ribeirinhos.
“Esse é o sexto curso que eu peço para o pessoal da Marinha, faltava só esses aqui para serem habilitados. Então, como a Marinha exige que todos (barqueiros) sejam habilitados”, explicou José Maria, gerente da empresa Rota M.
Maria Aldenízia é professora, residente na comunidade Val Paraíso, no Alto Rio Juruá. Como está sempre em Cruzeiro do Sul, resolveu se capacitar. “A gente precisa fazer esse trajeto até a cidade, três horas dependendo da embarcação”, disse.
Atualmente, 50 barqueiros transportam estudantes em Cruzeiro do Sul pela rede estadual. Nesse curso, 15 pessoas estão sendo capacitadas. A coordenadora de ensino Rocinete Santos, destaca que as técnicas aprendidas resultam em mais segurança ao público destinado. “Um dos objetivos é justamente essa atualização, a oferta de determinados conteúdos que levam mais segurança ao transporte desses alunos que pegam os barcos para irem à escola”, pontuou a coordenadora.