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Bancada federal do Acre é recebida na embaixada do Peru para tratar sobre voos entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa

Parlamentares se reuniram com o Embaixador do Peru para tratar sobre voos regulares entre CZS e Pucallpa e soluções de entraves ao comércio pela Estrada do Pacífico.

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A Bancada Federal do Acre foi recebida, nesta quinta-feira, 16, na Embaixada do Peru, em Brasília. Além de recepcionar oficialmente os parlamentares eleitos e reeleitos, o convite do Embaixador Rómulo Acurio teve como objetivo a discussão de pautas que precisam de apoio dos deputados e senadores, uma vez que o estado faz fronteira com o Peru.

A primeira questão tratada foi a necessidade de voos regulares entre Cruzeiro do Sul para Pucallpa, capital do departamento Ucayali, no Peru. A solução perpassa pelas condições necessárias que o aeroporto de CZS precisa ter para operar voos internacionais, que são postos da Polícia Federal, Receita Federal, Vigilância Agropecuária Internacional e Vigilância Sanitária. Além do interesse das companhias aéreas. “Cruzeiro do Sul tem quase 90 mil habitantes e Pucallpa 326 mil, o que torna as duas cidades estratégicas para rota comercial e turística na região. Outro fator é que as duas cidades não possuem rota terrestre que as ligue, então uma linha aérea regular é fundamental para fomentar o desenvolvimento econômico de Cruzeiro do Sul e ajudar o Estado nas relações internacionais”, explicou o Coordenador da Bancada, Senador Alan Rick (União).

Outro ponto discutido foi a situação da Estrada do Pacífico, a BR-317. Conforme o embaixador, a rodovia é subutilizada. “Precisamos, antes de mais nada, entender quais são os obstáculos que levam a essa situação”, disse Acurio, ao pedir apoio aos parlamentares junto aos órgãos federais brasileiros.

O objetivo da rodovia é garantir o acesso dos produtos brasileiros ao Pacífico e dos produtos peruanos ao Atlântico. No entanto, em 2017, foi constatado que ela praticamente não estava sendo usada para realizar comércio. A média de circulação era de apenas sete veículos comerciais por hora, uma média extremamente baixa. Segundo as autoridades peruanas, basicamente não haviam produtos brasileiros transitando a caminho dos portos no Peru. “Um dos problemas que identificamos é muito básico, que é o horário da aduana do lado brasileiro. No Peru, o posto funciona 24 horas, mas aqui, fecha às 17h. Quem chegar depois desse horário, precisa dormir nas cidades da fronteira para atravessar só no outro dia. Para quem transporta mercadorias, essa perda de tempo é prejuízo”, lamenta Alan Rick.

O Senador Alan Rick e o Embaixador concordaram em realizar uma missão oficial a Lima, com todos os parlamentares, para conhecer o projeto do Porto de Chancay, que está sendo construído na cidade de mesmo nome. O porto será uma opção mais econômica e rápida para o transporte de produtos brasileiros para o mercado asiático. “Ele irá reduzir em cerca de 8 mil quilômetros a distância e em 23 dias o tempo de transporte do Brasil para a Ásia”, informou o Chefe da Seção Econômica da Embaixada, Gary Gonzales.

Os parlamentares, autoridades peruanas e iniciativa privada também devem se reunir em junho, em Rio Branco, na primeira reunião do Novo Comitê da Fronteira Sul, para tratar, entre outras coisas, sobre comércio e turismo.

Por Assessoria

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