Uma operação da Guarda Costeira das Filipinas apreendeu 150 toneladas de conchas conhecidas localmente como “taklobo” e deteve quatro suspeitos de traficar os mariscos gigantes fossilizados que valem quase US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões).
De acordo com Comodoro Genito Basilio, comandante da Guarda Costeira da região de Palawan, onde aconteceu a apreensão, este foi o maior transporte ilegal de mariscos já registrado. As conchas foram encontradas às margens da Ilha Sitio Green.
Segundo a Lei de Conservação e Proteção dos Recursos da Vida Selvagem das Filipinas, é ilegal “explorar intencionalmente e conscientemente os recursos da vida selvagem e seus habitats” para fins comerciais ou de coleção. Qualquer pessoa que matar ou destruir espécies ameaçadas pode pegar até dois anos de prisão ou ter de pagar multa de US$ 410, o equivalente a R$ 2,3 mil.
O Conselho de Palawan para o Desenvolvimento Sustentável (PCSD, na sigla em inglês) também participou da operação, assim como grupos de inteligência da polícia federal da Austrália.
Apontada como integrante do grupo que pegou as amêijoas, Rosalee Tequillo alegou que tinha permissão do gabinete do presidente filipino, Rodrigo Duterte, e do Escritório de Pesca e Recursos Aquáticos para coletar as conchas, mas o conselho alegou que Tequillo não conseguiu comprovar a permissão.
Os mariscos gigantes ajudam a manter a vida marinha selvagem protegida ao abrigar espécies de animais e impedir o crescimento excessivo de algas. O PCSD emitiu comunicado pedindo aos pescadores e cidadãos da região que não coletem ou vendam conchas e animais ameaçados.
Este caso é um dentre várias ocorrências do tipo nos últimos meses. Em 3 de março, o PCSD apreendeu 324 peças de conchas de moluscos gigantes no valor de 160 milhões de pesos filipinos, equivalente a R$ 18,6 milhões. Outro apreensão parecida já havia ocorrido em outubro de 2020.
Via-CNN