Os registros de febre oropouche no Acre têm crescido a cada semana, conforme o boletim semanal da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Até o momento, 422 casos foram confirmados, com 7 novos diagnósticos em apenas 15 dias, segundo dados atualizados até 23 de julho.
Muitas pessoas, no entanto, ainda não sabem como a doença é transmitida. A febre oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos principalmente por mosquitos. O principal vetor da febre oropouche é o Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Em áreas urbanas, o Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo, também atua como vetor.
Prevenção é Fundamental
Para prevenir a febre oropouche, evite áreas com grande presença de maruins e mosquitos. Utilize telas de malha fina em portas e janelas, e opte por roupas que cubram bem a pele. Mantenha ambientes limpos, incluindo quintais e locais de criação de animais, e recolha folhas e frutos que possam acumular água. A aplicação de repelentes é uma estratégia recomendada para evitar picadas.
Nova Linhagem Viral Identificada
Pesquisadores sugerem que um aumento recente de casos na Amazônia pode estar relacionado ao surgimento de uma nova linhagem do vírus oropouche, identificada em estudos genômicos realizados desde 2022. Essa linhagem pode ter surgido entre 2010 e 2014, conforme análise de mais de 300 pacientes.
Casos de Transmissão Vertical em Investigação
O Ministério da Saúde confirmou duas mortes ligadas à febre oropouche e investiga seis casos de transmissão vertical (de mãe para filho). São três investigações em Pernambuco, uma na Bahia e duas no Acre, com crianças apresentando microcefalia.
Sobre a Febre Oropouche
A febre oropouche é uma infecção aguda causada pelo vírus oropouche, classificado como arbovírus. Ela ocorra em dois ciclos: o silvestre, que afeta primatas e aves, e o urbano, onde o ser humano é o principal hospedeiro.
Os sintomas mais comuns incluem febre, calafrios, dores de cabeça e articulações, além de náuseas. O tratamento envolve analgésicos e, em casos graves, o uso de ribavirina, um antiviral específico.
Com informações do Contilnet
