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Associação Samaúma comemora encerramento da primeira turma e reforça compromisso com educação integral e afetuosa

A pedagogia Waldorf, adotada pela instituição, baseia-se em valores como fraternidade, alimentação saudável e uma relação harmoniosa com o meio ambiente, formando indivíduos livres, criativos e conscientes.

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Redação Juruá Online

A Associação Samaúma, uma organização sem fins lucrativos fundada em novembro de 2023, comemorou nesta sexta-feira, 13 de dezembro, o encerramento da primeira turma do Jardim das Samaúmas, em Cruzeiro do Sul, centro de educação integral inspirado na pedagogia Waldorf.

Com o objetivo de oferecer um ensino inclusivo, acolhedor e transformador, a Associação Samaúma prioriza o respeito à individualidade de cada criança, proporcionando um ambiente em sintonia com a natureza. A pedagogia Waldorf, adotada pela instituição, baseia-se em valores como fraternidade, alimentação saudável e uma relação harmoniosa com o meio ambiente, formando indivíduos livres, criativos e conscientes.

Tais Bissoli, jardineira regente (professora) e presidente da Associação Samaúma, destaca que, ao chegar à instituição, não é apenas a criança que se reconecta com a infância, mas também os adultos. “Então, quando a criança chega aqui, costumo dizer que não é só a criança que é criança, né? É um espaço onde os adultos também podem voltar a ser crianças”, afirma.

Ela explica que as crianças, com sua imaginação fértil, conduzem o ambiente, criando uma atmosfera de encantamento. “Todos os dias, elas chegam com a imaginação. É uma terra fértil, um solo fértil, onde podem plantar suas sementes e vivenciar uma vida com mais liberdade, em um lugar onde podem ser crianças.”, complementa Tais.

A rotina da associação, segundo Tais, é simples, mas significativa, com atividades como fazer pão, costurar e até construir brinquedos. “Aqui, nós fazemos tudo juntos: é como uma grande casa, uma grande família”, explica a professora. As crianças imitam as tarefas do dia a dia e se envolvem em atividades práticas como marcenaria e costura, que são comuns para algumas pessoas, mas nem sempre acessíveis para todas as crianças. “As crianças adoram vivenciar isso”, afirma Tais, destacando que esse contato com o cotidiano é fundamental para o desenvolvimento delas.

Atualmente, a Associação Samaúma tem observado um crescente interesse pela proposta pedagógica, que é de origem alemã. Tais observa que muitas famílias ainda estão conhecendo o trabalho da associação, mas a procura tem aumentado.

Para Mariana Landis, secretária da associação e uma das mães fundadoras, o projeto nasceu da união de famílias que buscavam uma abordagem pedagógica respeitosa. “A associação surgiu a partir de encontros de famílias, de pais e mães que buscavam uma proposta pedagógica em que as crianças fossem respeitadas individualmente, tivessem tempo disponível para brincar na natureza, se alimentassem de maneira mais consciente e construíssem essa base, esse alicerce tão importante, mas em contato com aquilo que elas realmente são. Nós somos uma escola pequena, gerida pelas famílias, e não temos fins comerciais. Assim, as famílias que chegam entram com suas crianças e passam a fazer parte desse grupo de pessoas que mantêm a escola. Atualmente, somos 8 famílias, com 10 crianças no jardim de infância, de 4 a 6 anos. Para o primeiro ano, consideramos esse número de alunos adequado, pois permite um olhar individualizado para cada criança”, afirmou.

Para Taiana Nascimento, mãe de um aluno de 6 anos, o impacto da associação foi transformador. ” Meu filho desenvolveu muito a coordenação motora, a individualidade, tem mais independência e, principalmente, o coletivo dos maiores convivendo com os menores, o cuidado, o respeito com um amigo, com um colega, mais fraternidade, mais tempo para a criança brincar. Ele chega feliz da escola”, compartilhou.

Com a celebração do primeiro ano, a Associação Samaúma reforça seu compromisso com uma educação integral e afetuosa, inspirando outras iniciativas similares e oferecendo um modelo educacional transformador na cidade.

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