Por g1 AC
Quase dois anos depois da deflagração da Operação Assepsia, da Polícia Federal, que investigou fraude na contratação de máscaras e álcool em gel pela Saúde de Rio Branco, o Ministério Público Estadual (MP-AC) instaurou um inquérito para também apurar o caso.
O inquérito deve ser conduzido pela Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio Público. A portaria foi publicada no Diário do órgão dessa terça-feira (8).
“A diferença de preço resultaria em uma economia de, pelo menos R$ 1,6 milhão ao erário público, vez que o município de Rio Branco supostamente poderia ter adquirido os mesmos 70 mil frascos pela quantia de R$ 1,3 milhão”, diz o documento.
A investigação da PF apontou que o contrato de compra dos insumos era no valor de R$ 6,9 milhões, mas a Secretaria de Saúde Municipal (Semsa) pagou R$ 2,7 milhões e rescindiu o contrato por problemas de fornecimento. Os insumos seriam usados nas ações de contenção do avanço da Covid-19 na capital acreana.
As investigações apuram, desde junho de 2020, fraude dessa contratação, quando foi deflagrada a primeira fase da operação. Em abril do ano passado, os policiais cumpriram sete mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Rondônia e São Paulo, na segunda fase.
Na época, a PF-AC não revelou quem eram os suspeitos dos crimes, mas destacou que a ex-prefeita Socorro Neri até então, não era investigada no processo. O MP determina apenas que o município seja oficiado para fornecer as informações.
Em contato com a assessoria da ex-prefeita, foi informado que desde que a CGU e a Polícia Federal conduzem as investigação, em 2020, já foram realizaram duas operações – a Assepsia e outra com os desdobramentos da primeira e que em nenhum momento a ex-prefeita foi mencionada.
“Esse é um assunto que já foi amplamente divulgado. Em que houve, inclusive, negativa clara do delegado federal que conduz a investigação, quanto ao fato não faço parte do caso”, afirmou Socorro, por meio da assessoria.