Após um levantamento e cadastramento, 18 camelôs que tiveram as barracas removidas do calçadão da Benjamim Constant, no Centro de Rio Branco, no último dia 16, foram selecionados para montar suas barracas em boxes no shopping popular e na Rua Quintino Bocaúva.
Dos 18 trabalhadores, 12 devem ir para o shopping popular e os demais para boxes montandos na Quintino Bocaúva. A triagem da prefeitura contava com 50 nomes de camelôs, sendo que alguns ficaram aguardando abertura de uma vaga no shopping popular.
Nesta sexta-feira (28), em reunião, a comissão montada pelas Secretarias Municipais de Finanças (Sefin), de Infraestrutura (Seinfra) e de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico (Safra) e pelo Gabinete Militar da prefeitura se reuniu com os camelôs.
O camelô Marcio Antônio de Souza participou da reunião e foi selecionado pela prefeitura para montar a barraca em um dos boxes. Para não ficar sem renda após ter a antiga barraca desmontada, Souza disse que passou a vender as mercadorias em outros pontos da cidade.
“Trabalhava lá há quatro anos, fui selecionado agora para ganhar um boxe. A gente vêm em negociação com a prefeitura há alguns dias e arrumaram agora para alocar a gente. Ficou ainda um pessoal sem, é necessário arrumar outro local”, frisou.
O cadastro dos trabalhadores foi feito após um protesto realizado no último dia 17 quando um grupo fechou por cerca de uma hora a ponte de concreto e, de lá, foi para a frente da prefeitura depois da remoção das barracas. Os manifestantes pediam uma solução para poder trabalhar.
A remoção, segundo a prefeitura, ocorreu após a mudança dos camelôs para o shopping, em dezembro do ano passado, e depois disso outros trabalhadores teriam se instalado no local de forma irregular.
Seleção
Ao G1, o chefe do Gabinete Militar da prefeitura, coronel Ezequiel Bino, contou que foram estabelecidos alguns critérios para escolher os camelôs. Entre esses critérios, o tempo de trabalho e não ter familiar que já possui boxe no shopping popular.
“Encontramos na lista pessoas que não poderiam ocupar outro espaço, alguns porque cônjuges tinham um ponto no shopping, às vezes era a mãe, outras vezes a filha. Tivemos também três pessoas que tinham um box no shopping e venderam e estavam atrás de outros pontos. Tinha uma pessoa que era beneficiária do INSS e não pode”, destacou.
O coronel acrescentou que, logo que seja achado espaço vazio, as pessoas na fila de espera devem ser chamadas. “Segunda-feira [31] vamos fazer uma última checada e, na terça, fazemos o sorteio para saber quem vai ocupar algum box”, concluiu.
O G1 tentou contato com o Sindicado dos Camelôs, mas não obteve resposta até a última atualização dessa matéria.
Via-G1