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Após contratar segurança na praça de alimentação, comerciantes melhoram os lucros em Cruzeiro do Sul

Os consumidores são incomodados no ato da alimentação por esse público que além de pedir insistentemente, às vezes é agressivo, deixando os clientes preocupados com sua integridade física.

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Redação Juruá Online

Construída ainda na gestão do então prefeito César Messias, a Praça de Alimentação situada na Praça Orleir Cameli se tornou um ponto de encontro da população em geral e também de muitos viajantes que chegam à cidade em busca de um bom churrasco e variedade em salgados e sucos regionais.

Mas, nos últimos anos, devido à crescente onda de cães em busca de comida e principalmente de moradores de rua, sendo a maioria dependentes químicos circulando no centro, o local teve um certo declínio, tanto na presença de clientes como no faturamento dos comerciantes.

Isso porque os consumidores são incomodados no ato da alimentação por esse público que além de pedir insistentemente, às vezes é agressivo, deixando os clientes preocupados com sua integridade física.

Por conta disso, alguns empresários contrataram um segurança para o local e a medida vem dando certo. João Batista Pinheiro, comerciante, conta que os arrombamentos acontecem com muita frequência, pois depois das 23 horas não tem mais ninguém nas ruas. “Eles possuem muitas estratégias de arrombamento. Nós já fortalecemos a segurança dos nossos estabelecimentos, com portões, grades, câmeras e alarmes para ver se ameniza mais”, disse João.

O vendedor também diz que contratou, juntamente com outros cinco vendedores, um segurança para a noite. “As vendas aumentaram aproximadamente 90%. O segurança chega aqui às 15h e fica até às 23h. Não temos apoio público”, disse.

Raimundo Elisson trabalha para uma empresa de segurança em Cruzeiro do Sul. Ele chega às 15 horas e sai às 23 horas. Apesar do contato diário com os moradores de rua, o segurança até o momento vem conseguindo dispersá-los através do diálogo. Raimundo conta que foi contratado para orientar essas pessoas a não fazerem certos tipos de ação. “Até agora não foi preciso chamar a polícia, mas se for necessário iremos fazer isso de forma a não agredir os moradores de rua, pois é uma praça pública”, disse.

Outra situação que incomoda os comerciantes da praça de alimentação é o índice de roubos e principalmente furtos no local. O popular Chiquininin revela que seu lanche já foi violado várias vezes, levando ele e sua família a terem muito prejuízo. Chiquininin fala que nos últimos dias seu estabelecimento foi roubado durante a noite e dia, acarretando em um prejuízo de aproximadamente 2 mil reais. Ele fala que o problema sempre foi recorrente, mas que agora está intensificado. “Eu tive que transformar um lanche agradável em um presídio. Chiquinho conta que seu lanche foi construído para manter a família e foi passado pelas gerações. “Eu invisto meu sangue e suor aqui nesse lanche. A gente fica em uma situação muito difícil quando levam as coisas da gente”, relata.

Os vendedores questionam a eficiência do poder público em garantir a segurança dos cidadãos de bem, pois os investimentos que estão sendo feitos para melhorar a situação provêm do bolso de uma minoria da praça de alimentação.

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