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Após chegar a 1,29 metro, nível do Rio Acre sobe 13 centímetros em Rio Branco

Manancial subiu de 1,29 metro para 1,42 metro entre domingo (11) e esta terça-feira (13).

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O nível do Rio Acre subiu 13 centímetros entre domingo (11) e terça-feira (13) na capital acreana. O manancial saiu de 1,29 metro para 1,42 metro. A capital vive a pior seca da história e o rio superou a marca histórica de 2016 no último domingo (11).

Desde o início de setembro, o manancial tem batido recordes para o dia com relação ao nível das águas. Na sexta (9), por exemplo, o rio registrou a pior cota dos últimos 10 anos para o dia 9 de setembro e no domingo chegou à pior marca desde o início do monitoramento da bacia na capital, há 51 anos. Até então, o menor nível tinha sido de 1,30 registrado em 17 de setembro de 2016.

Após o registro de chuvas não muito expressivas no interior do estado e em Rio Branco, o nível do Rio Acre começou a apresentar oscilação. Apesar disso, a previsão da Defesa Civil Municipal é que o manancial volte a ficar abaixo da cota registrada no domingo.

Com a seca severa, o órgão municipal usa carros-pipas para levar água potável para 21 comunidades rurais, com 3,3 mil famílias atendidas, o que dá cerca de 14 mil pessoas. A distribuição de água ocorre diariamente como forma de amenizar os impactos da seca.

Em 2021, a operação atendeu 17 comunidades com mais de 8,3 mil beneficiados. A ação é feita desde 2019.

Abastecimento de água em Rio Branco pode ficar comprometido, devido à seca do rio  — Foto: Saerb
Abastecimento de água em Rio Branco pode ficar comprometido, devido à seca do rio — Foto: Saerb

Abastecimento na capital

O Rio Acre é a única fonte de captação de água para abastecimento na capital. Enoque Pereira, presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), disse que estuda maneiras de que essa seca não interfira na distribuição de água, mas alega que o serviço já teve alguns prejuízos.

“Vamos tentar ver se conseguimos manter a captação de água normalmente. Com essa baixa vazão, o rio fica com a água bastante espalhada e nossas bombas precisam captar águas mais profundas. Então, quando baixa, fica ruim de adaptar e, a depender da situação, vamos ver com os órgãos ambientais se conseguimos fazer alguma intervenção no rio nesse intuito de concentrar mais água no local de captação”, explica.

Essa intervenção seria, por exemplo, fazer um aterro, ou criar alguma tipo de barreira para que o acúmulo de água no ponto de captação tenha um nível maior.

Pereira destaca ainda que a prefeitura tem feito estudos para que o abastecimento de água não dependa mais apenas do Rio Acre. A intenção é furar poços no Segundo Distrito da capital para ajudar nessa distribuição de água. Porém, ainda há um processo a ser feito até que isso aconteça.

Rio Branco chegou a registrar poluição do ar 13 vezes maior do que o recomendado — Foto: Tácita Munbiz/g1
Rio Branco chegou a registrar poluição do ar 13 vezes maior do que o recomendado — Foto: Tácita Munbiz/g1

Queimadas e fumaça

Conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre o dia 1 e 11 de setembro foram registrados 3.794 focos de queimadas em todo o estado. Essa quantidade supera todos os registro do mês de agosto, que foram 2.638 e representa 55% do total do registrado em todo ano até agora, já que de janeiro a 11 de setembro, o Acre tem 6.882.

Rio Branco chegou a registrar uma poluição de ar 13 vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Com informações do g1

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