O prédio que por anos foi utilizado pela justiça eleitoral está completamente abandonado, deteriorado e vive ocupado por moradores de rua e dependentes químicos, bem ao lado de uma escola municipal.

O problema vem se perdurando por vários anos. Grande parte das pessoas que residem nesses locais são usuários de entorpecentes. O que se entende é que não estão sendo assistidas pelo poder público. Muitos dos furtos e roubos que acontecem nos estabelecimentos comerciais no centro da cidade, são praticados por essas pessoas.

Um comerciante que não quis se identificar, relata medo e situações que tem gerado prejuízos a quem tem negócios no centro da cidade. “O antigo prédio da justiça eleitoral só estar servindo para os dependentes químicos e, inclusive, servindo de boca de fumo. Só estão causando transtornos à vizinhança. Isso tudo ao lado de uma escola. Pedimos para arrumarem um lugar para eles”, cita.

Ainda segundo ele, os próprios usuários dizem que já mexeram nas coisas dos vizinhos, pois o próprio presidente do Brasil já roubou, então eles não seriam diferentes. “Trabalho num hotel e os clientes nem querem mais se hospedar por medo de serem roubados”, destaca.

Imagens de câmera mostram a movimentação de desocupados praticando delitos, inclusive à luz do dia.
O comerciante Cleudemir Petry, alerta para o risco enfrentado pela classe empresarial devido aos frequentes roubos e furtos no centro. Ele também reforça a necessidade de ações sociais concretas e urgentes junto aos dependentes químicos e moradores de rua, o que poderá ser fator determinante para a diminuição dos delitos.

“Nós temos aqui há uns dois meses, diversas ocorrências dessa área central. Pedimos um patrulhamento mais intensivo que já vem sendo feito em alguns momentos e, das autoridades, providências. Já sabemos que o prédio citado já foi visitado pelo município e autoridades locais”, explica o empresário.

A prefeitura de Cruzeiro do Sul, através do gabinete do vice-prefeito Henrique Afonso, fez este ano um mapeamento destas pessoas a fim de conhecer a situação particular de cada um. Foi constatado que a maioria desse público sofre de algum tipo de dependência química. O número de pessoas na rua já assusta, pois passa de 100. Um programa chamado Vida Nova foi criado em parceria com as casas terapêuticas atuantes em Cruzeiro do Sul, a fim de destinar vagas para estas pessoas, o que acontece de forma gradativa, pois depende da decisão do dependente ir ou não para esses locais.

O fato é que enquanto isso, o índice de roubos, furtos e arrombamentos no centro da cidade, tem se mantido, apesar também da intensificação de rondas policias, especialmente na madrugada.

Com informações Juruá Comunicação