O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13/4), que 88% dos trotes recentes sobre ataques em instituições de ensino apurados pela pasta partiram de adolescentes de 12 a 14 anos.
“Durante esse período, temos recebido milhares de denúncias, cuja maioria são falsas. Mas 88% das apuradas envolvem crianças de 12 a 14 anos. E o que está fora disso é de crianças com menos de 12 anos”, declarou o secretário de Segurança Pública.
O chefe da pasta aproveitou a oportunidade para reforçar o papel das famílias dessas crianças no combate às denúncias falsas. “Os pais podem ajudar a esclarecer que esses trotes são maléficos, que prejudicam um trabalho feito com toda seriedade e concentração. [É preciso] ensinar aos filhos que trote não é algo que se faça, pois prejudica a atuação das forças de segurança”, reforçou.
Diante das ameaças recentes, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou novos canais de denúncia sobre casos de violência em instituições de ensino.
Confira:
Divulgação/SSP-DF
Multas por trotes
O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, em edição extra do Diário Oficial (DODF) dessa quarta-feira (12/4), a regulamentação da lei que visa coibir a prática de trotes telefônicos.
A lei, aprovada em 2019, tinha, até então, caráter educativo. Porém, a partir de agora, as multas e punições serão aplicadas a quem se comunica indevidamente com serviços de emergência, combate a incêndios ou ocorrências policiais.
A proposta de criação da lei partiu do deputado distrital Eduardo Pedrosa (UB). O texto sancionado prevê punições a quem passar trote ao Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), à Defesa Civil, às polícias Militar (PMDF) e Civil (PCDF), bem como ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma das medidas estabelece pagamento de multa de até três salários mínimos — ao todo, R$ 3.906. Se o poder público não conseguir cobrar por via administrativa, a penalidade seguirá por via judicial.
Medidas de segurança nas escolas
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) recebeu autorização para contratar policiais temporariamente e anunciou que dará andamento à proposta. A medida visa ampliar a segurança e coibir a violência em 1,6 mil escolas privadas e particulares, além de creches, faculdades e universidades.
Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (13/4), Sandro Avelar, afirmou: “Estamos autorizados a buscar contratações temporárias de policiais e vamos fazer”. No entanto, por questões de segurança, segundo o secretário, a pasta não divulgará a quantidade de servidores nem como devem atuar nos colégios. Até o momento, não há data para chegada do efetivo, mas os militares convocados serão da reserva e voluntários.
Outras medidas anunciada pela pasta incluem: reforço do efetivo do Batalhão de Policiamento Escolar (BPesc); criação de novos canais de denúncia; além de otimização do uso dos carros das corporações. As forças de segurança atuarão em conjunto, com participação das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Trânsito (Detran).
Com informações Metrópoles