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Agência de direitos humanos pede à Argentina que respeite liberdade de protesto | CNN Brasil

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A principal agência de direitos humanos das Américas pediu as autoridades argentinas a respeitarem a liberdade de manifestação das pessoas nesta quinta-feira (4). Medida foi tomada após relatos de que a polícia usou força excessiva contra manifestantes pacíficos e jornalistas.

A declaração da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) acontece depois das manifestações de 12 de junho em frente ao Congresso da Argentina. Os protestos contrariavam um controverso projeto de lei ligado às reformas econômicas do presidente argentino Javier Milei.

“Estamos preocupados com o uso desproporcional da força pública contra jornalistas e indivíduos que participam de protestos pacíficos na Argentina, bem como com os atos de violência perpetrados por cidadãos durante esses protestos”, afirmou a CIDH.

Imagens mostraram um carro em chamas durante o protesto, com manifestantes espalhados atirando pedras e garrafas. Confira abaixo:

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    Manifestantes jogam objetos em direção ao prédio do Congresso durante um protesto contra o megaprojeto de lei do governo ultraliberal do presidente Milei que está sendo debatido no Congresso da Argentina

    Crédito: Fernando Gens/picture Alliance via Getty Images

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    Confronto entre polícia e manifestantes do lado de fora do Congresso da Argentina

    Crédito: CNN

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    Confronto entre polícia e manifestantes do lado de fora do Congresso da Argentina

    Crédito: CNN

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    Carro pega fogo em frente ao Congresso durante um protesto contra o plano de reforma do governo do presidente Milei, que está sendo debatido no Congresso da Argentina

    Crédito: Fernando Gens/picture Alliance via Getty Images

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    Confronto entre polícia e manifestantes do lado de fora do Congresso da Argentina

    Crédito: CNN

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    Manifestante tenta escapar do gás lacrimogêneo durante um protesto contra um o megaprojeto de lei do governo do presidente Milei que está sendo debatido no Congresso da Argentina

    Crédito: Fernando Gens/picture Alliance via Getty Images

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    Mobilização massiva de professores, organizada por sindicatos e organizações sociais, é realizada enquanto pessoas se reúnem em frente ao Congresso Nacional contra a Lei de Bases, em Buenos Aires, Argentina

    Crédito: Luciano Adan Gonzalez Torres/Anadolu via Getty Images

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    Caminhão com canhão d’água tenta dispersar manifestantes em frente ao Congresso da Argentina

    Crédito: Todo Notícias

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    Manifestantes contra o Megaprojeto de Lei de Javier Milei incendeiam lixeira

    Crédito: Todo Notícias

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    Manifestantes contra o Megaprojeto de Lei de Javier Milei incendeiam objetos em Buenos Aires

    Crédito: Todo Notícias

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    Polícia de Buenos Aires utiliza motos para dispersar manifestantes contra o megaprojeto de lei de Javier Milei

    Crédito: Todo Notícias

A polícia teria respondido com armas menos letais, incluindo irritantes químicos, bastões, balas de borracha e canhões de água, disse a CIDH.

O governo emitiu um comunicado dizendo que as forças de segurança detiveram “terroristas armados com pedaços de madeira, pedras e até granadas, que tentaram perpetrar um golpe de Estado”.

Após os protestos, 33 pessoas foram detidas sob acusações relacionadas com a violação da ordem pública e constitucional, mas 28 foram libertadas por insuficiência de provas, deixando cinco em prisão preventiva.

A vice-presidente de Milei, Victoria Villarruel, cuja voto desempatou a aprovação do projeto de lei, após um extenso debate no Congresso, disse em discurso que haviam duas Argentinas – uma violenta e outra esperando com dor “e sacrifício pela mudança pela qual votaram”.

A ampla legislação, que promove incentivos ao investimento, a privatização de múltiplas entidades estatais e revisões fiscais, faz parte do plano de Milei para combater a pior crise econômica em décadas — com uma inflação de 300%, uma elevada carga de dívida e uma pobreza crescente.

A CIDH ressaltou a importância dos protestos pacíficos nas sociedades democráticas. A força pública só deve ser usada como último recurso e em circunstâncias legais, necessárias e proporcionais, a agência afirmou.

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