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Acreana vence crise financeira, aposta em artesanato e abre loja on-line

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Durante a pandemia, muito empresários fecharam seus negócios e tiveram que se reinventar e até mudar de estratégia para superar a crise financeira causada pelo Covid-19. A empresária Antonia Josefina de Sousa Braga, conhecida como Jô Braga, de 54 anos, foi uma das milhares de pessoas afetadas pela pandemia.

Apostando em peças diferenciais, a empresária Jô Braga criou o mix de filtro dos sonhos e sino dos ventos. (Foto: acervo pessoal)

Natural de Tarauacá, mas residente em Rio Branco há 28 anos, a empresária viu como alternativa o artesanato para superar a crise.

“Tenho uma loja de roupas para tamanhos plussize e tive que fechar as portas por conta da pandemia. Como ela era em casa, o risco de contaminação era maior para minha família. Após fechar a loja veio a necessidade de se reinventar, e procurar fazer alguma coisa, e já tenho o dom de trabalhar com o artesanato, toda minha família tem, mais nunca colocamos em prática para trabalhar como fonte principal de renda. Alguns anos atrás já trabalhei com bijuterias, dei curso no SENACos 90, mais ficou pra traz. Com tudo isso, veio a necessidade de fazer alguma coisa, de me reinventar e aflorou o artesanato que estava adormecido dentro de mim”, comentou a artesã.

Macramê também é usado em peças exclusivas. (Foto: acervo pessoal)

Tive a ideia de fazer filtros dos sonhos, que me encantou. Fui pesquisar, estudar e pra minha surpresa acertei no diferencial. Foi uma demanda muito grande, desde o primeiro, o mais simples, e fui me aperfeiçoando. Depois apostei nos sinos dos ventos, outro diferencial que você não encontra em todo lugar em Rio Branco, você não conhece alguém que faça tão artesanal com o meu. Depois fiz um mix deles, outra peça diferente, que emana energia, as pessoas gostam de ter”, comentou.

Quem trabalha com artesanato teve que se reinventar para continuar vendendo na pandemia. Os produtos foram para as redes sociais, e a estratégia deu certo para muitas pessoas. A empresária Jô comentou sobre os desafios, estratégias e as mudanças de comportamento para se tornar empresária blogueira.

“Estou tentando me engajar nas mídias sociais, é uma extrema necessidade que você precisa, hoje não tem como você fugir disso. Estou nesse pique de fazer stories, reels, hoje você precisa humanizar o seu negócio, não é só venda e venda. Estou sendo a blogueira do meu próprio negócio.”

Após vencer as dificuldades geradas pela crise, a empresária já aposta em seu novo empreendimento, desta vez sua loja on-line.

“O empreendedorismo feminino tá tomando um grande sopro mesmo. A mulherada tá aí com tudo, a todo vapor, o empreendedorismo é a saída. Hoje pode te dizer que sou uma empreendedora, estou com planos de abrir uma loja on-line, as pessoas estão procurando o conforto e comodidade de receber produtos em casa. A onda é essa, acessou, abriu, conferiu os preços, clicou e comprou.”

Nem tudo são flores, a empresária sentiu na pele as dificuldades da profissão. Jô disse que a pandemia afetou a matéria prima. “O comércio está praticamente zerado de peças. Sou muito de recriar, como está difícil achar a matéria prima no comércio, tinha umas peças de bijuteria paradas e não pensei duas vezes em reaproveitar em novos objetos.

A empresária pensa futuramente em planos para aplicar cursos na área. Jô também aproveita as redes para dar dicas e ideias de empreendimento. “ As minhas primeiras três peças eu vendi pra família, é onde tudo começa. Sempre começamos com o que sabemos fazer de melhor, com apoio dentro da família, depois boca a boca, e depois flui. Procuro sempre repassar esse incentivo.”

POR DOUGLAS RICHER, DO CONTILNET

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