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Acre vai receber testagem inédita para hepatite D; entenda

Assim como outras hepatites, a do tipo D pode ser assintomática. Essa nova abordagem de testagem visa melhorar e acelerar o diagnóstico no país.

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O Ministério da Saúde iniciou um projeto piloto na Região Norte para implementar testes de diagnóstico e monitoramento da hepatite D, uma das formas mais severas de hepatite viral. O objetivo é identificar e tratar todas as pessoas infectadas. Dados do ministério indicam que mais de 72% dos casos de hepatite D estão na região Norte, com o Acre concentrando 23% dos casos.

Assim como outras hepatites, a do tipo D pode ser assintomática. Essa nova abordagem de testagem visa melhorar e acelerar o diagnóstico no país. Além dessa iniciativa, o ministério está realizando ações de prevenção, incluindo vacinação contra hepatites A e B, e ampliando o acesso a diagnósticos e tratamentos para hepatites B e C, com a meta de eliminar essas doenças até 2030.

O Brasil é pioneiro na elaboração de políticas para combater 14 doenças e infecções que afetam populações vulneráveis, incluindo hepatites virais, dentro da iniciativa chamada “Brasil Saudável”. No Acre e na Amazônia, a hepatite D é a mais grave e difícil de tratar, aumentando o risco de câncer de fígado e cirrose.

O médico Thor Dantas alerta que a hepatite D afeta especialmente pessoas de áreas rurais, ribeirinhos e indígenas, dificultando o acesso a diagnósticos e tratamentos adequados. Ele ressalta que muitas vezes os pacientes chegam aos centros urbanos já com doenças avançadas, tornando o tratamento mais complicado. Por fim, destacou que a hepatite D é a principal causa de transplantes de fígado no Acre, e que o laboratório Charles Mérieux, em Rio Branco, é o único do SUS na Amazônia a realizar exames dessa doença.

Com informações Contilnet

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