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Acre notifica mais de 2,1 mil casos de malária nos primeiros meses de 2023, aponta Saúde

Uma pessoa morreu em Tarauacá este ano por conta da malária. Número de casos positivos da doença este ano é 32% menor que em 2022.

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O Acre notificou mais de 2,1 mil casos positivos de malária nos primeiros cinco meses deste ano. Os dados são do resumo epidemiológico divulgado, a pedido do g1, nessa terça-feira (27) pelo Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).

O número de casos positivos da doença vem caindo nos últimos anos no Acre. Segundo o levantamento da Saúde, entre janeiro e maio de 2022 foram registrados 3.194 casos de malária em todo estado. Ou seja, em um ano, a redução foi de 32% nas notificações.

Este ano, segundo Saúde, foi registrado um óbito por conta da malária, na cidade de Tarauacá, no interior do Acre. Em todo o ano de 2022 foram notificados dois óbitos em Cruzeiro do Sul.

Os municípios acreanos que mais tiveram diagnóstico da doença entre janeiro e maio de 2023 são: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no Vale do Juruá. Só as três cidades contabilizam 2.069 casos, o que representa 95,3% do total registrado no Acre nos cinco primeiros meses deste ano.

Em relação ao mesmo período no ano passado, somente em Cruzeiro do Sul foram notificados mais de 1,4 mil casos de malária. Em Mâncio Lima foram mais de 1 mil e em Rodrigues Alves 500.

Casos de malária registrados no Acre entre janeiro e maio de 2023

CidadesCasos positivos
Acrelândia6
Capixaba1
Cruzeiro do Sul1173
Mâncio Lima720
Marechal Thaumaturgo1
Placido de Castro13
Porto Acre2
Porto Walter3
Rio Branco7
Rodrigues Alves176
Senador Guiomard53
Tarauacá15
Assis Brasil0
Brasileia0
Bujari0
Epitaciolândia0
Feijó0
Jordão0
Manoel Urbano0
Santa Rosa do Purus0
Sena Madureira0
Xapuri0
Total2170

Fonte: Sesacre

O boletim mostra que em todo o ano passado, o Acre registrou 6.139 casos de malária, o que representou uma queda de 27,5% em relação ao ano de 2021, quando foram contabilizados mais de 8,4 mil casos. De 2018 a 2022, o estado apresentou uma redução de 76,2% nas notificações da doença.

Casos de malária no Acre ano a ano

Fonte: Sesacre

Eliminação da malária até 2023

Estando entre os estados com maiores taxas de malária, o Acre aderiu, em maio do ano passado, ao plano nacional do Ministério da Saúde de eliminação da malária até 2035.

O plano foi lançado pelo então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Entre as metas estão a de chegar a 2025 com menos de 68 mil casos, a 2030 com menos de 14 mil casos autóctones (que têm transmissão relatada dentro do Brasil) e de eliminação da doença até 2035 (zero casos autóctones).

Doença e seus sintomas

O Ministério da Saúde define a malária como uma “doença infecciosa febril aguda”, causada por “protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles”.

Qualquer pessoa pode contrair a malária. Quem apresenta várias infecções da doença pode atingir uma imunidade parcial, com poucos ou quase nenhum sintoma. Até hoje, a imunidade total não foi observada. Não há vacina aprovada contra a doença.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As outras regiões do país têm poucas notificações, mas a doença não pode ser negligenciada devido à alta letalidade.

Os sintomas são:

  • febre alta;
  • calafrios;
  • tremores;
  • sudorese;
  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

De acordo com o ministério, muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, principalmente antes da fase aguda.

Em geral, após a confirmação do diagnóstico de malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do SUS. Somente os casos graves devem ser hospitalizados de imediato.

Fonte: Portal g1 Acre

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