Uma pesquisa anual da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou que o Acre é o segundo estado brasileiro com mais pontos críticos em rodovias no país, e que, em 2023, o estado tinha mais de 1,1 mil quilômetros de vias em estado ruim ou péssimo.
De acordo com a CNT, as rodovias acreanas têm 374 pontos críticos. O índice coloca o estado entre os três mais críticos do país, atrás de Minas Gerais, com 388, e à frente do Maranhão, com 258. Considerando o total de 1.346 km de extensão de rodovias, isso significa que são 27 pontos críticos a cada 100 quilômetros.
Na região Norte, o Acre tem a maior proporção, acima de Roraima e Amazonas, que têm 11 pontos críticos a cada 100 quilômetros. A região é a que tem maior densidade de problemas, segundo a CNT.
“Os perigos iminentes envolvem desde quedas de barreiras e erosões na pista a buracos grandes (cujo tamanho é igual ou maior que um pneu de veículo de passeio) e pontes estreitas ou caídas. Situações que tornam a movimentação rodoviária mais arriscada para o motorista e para a segurança viária, além de impactar a fluidez da via e elevar os custos operacionais do setor transportador”, ressalta a confederação.
No âmbito nacional, as rodovias em melhor estado são as do Distrito Federal, que não teve registros de pontos críticos, e Paraíba e Mato Grosso, que tiveram, respectivamente, apenas uma e seis ocorrências.
Conforme o estudo, o Acre tem 642 km de rodovias em péssimo estado, 488 km em estado ruim, e 206 km em estado regular. Apenas 10 km foram considerados em bom estado, e nenhum em ótimo.
Em relação à pavimentação das vias, a situação também é preocupante. Dos mais de 1,3 mil km de rodovias, o asfaltamento foi considerado péssimo em 715 km, ou 53% das vias. A sinalização foi classificada como regular em 462 km, e péssima em 425 km das rodovias do Acre.
Por G1 Acre