Foto: Odair Leal/Sesacre
Devido à superlotação das unidades de saúde do estado, causada pela qualidade extremamente crítica do ar, em decorrência da seca, queimadas e fuligem, o governador Gladson Cameli, no exercício de suas atribuições constitucionais, decretou nesta terça-feira, 19, situação de emergência no Acre, com base em análises técnicas apresentadas pela Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (Sesacre).
O chefe da divisão, Marcos Gonçalves, explicou que os focos de queimadas influenciam diretamente a qualidade do ar, já que o material particulado emitido é disperso por ventos, comuns nessa época: “A maioria dos municípios, desde 2019, ultrapassa os limites de concentração de particulados recomendados pela OMS [Organização Mundial da Saúde]. Durante esses meses, é necessário monitorar de perto a qualidade do ar e tomar medidas para reduzir os impactos dos particulados e gases nocivos”.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, destacou as ações que estão sendo tomadas. “Nossa prioridade é garantir a assistência médica necessária às pessoas afetadas e tomar medidas para minimizar os impactos da situação. Essa ação visa à abertura de novos leitos e manter estruturados os que já estão abertos. Contamos com o apoio de todos os órgãos e entidades do governo para superar essa crise e proteger a saúde da população”, afirmou.
A Sesacre irá participar da coordenação das ações específicas realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), para enfrentar a situação de emergência. Além disso, todos os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta do Estado foram autorizados a priorizar as demandas da Saúde e tomar medidas administrativas urgentes para restaurar a normalidade. O decreto entra em vigor imediatamente e tem validade de 90 dias.
De acordo com o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, Edvan de Meneses, “a grave situação afeta especialmente os grupos de risco, como crianças e idosos. O decreto é crucial para orientar ações emergenciais e evitar o aumento de doenças graves e óbitos relacionados à qualidade do ar”.
Com informações Agência de Notícias do Acre