Apesar das estatísticas preocupantes, os índices de ocorrências e mortes tiveram diminuição tanto em vias estaduais quanto federais na comparação com o mesmo período de 2022.
Um balanço feito pela Coordenadoria de Engenharia de Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC) e Polícia Rodoviária Federal (PF-AC) mostra que nos primeiros meses deste ano o Acre registrou 30 mortes no trânsito e 1.943 acidentes .
Nas rodovias estaduais, entre janeiro e junho deste ano, o estado acumula 1.834 acidentes, o que representa uma queda de 0,2% na comparação ao mesmo período no ano passado. As mortes em vias estaduais já são 23 este ano, 8% a menos que os seis primeiros meses de 2022, quando 25 pessoas morreram.
Já nas vias federais, 109 acidentes foram registrados de janeiro a julho, com 7 mortes registradas. Segundo a PRF, os números apresentam queda na comparação com o mesmo período em 2022, quando 133 acidentes foram registrados e 11 pessoas morreram. A maioria dos acidentes ocorre na capital Rio Branco.
Graves acidentes
Apesar das estatísticas mostrarem redução nos índices, as estradas de todo o estado seguem registrando casos graves. Somente nesta segunda-feira (31), foram registradas pelo menos três ocorrências graves, com duas vítimas fatais.
Em Rio Branco, um carro invadiu a contramão e atingiu de frente uma motocicleta que estava com duas pessoas na Rua Rio de Janeiro, próximo ao Cemitério São João Batista. Com o impacto, o motociclista Renan Felipe Bezerra da Silva teve a perna esquerda arrancada e o garupa foi arremessado para cima de um canteiro de obras que fica próximo do local. Silva também sofreu uma laceração no ombro esquerdo. Imagens gravadas por populares mostram o rapaz consciente após a batida, muito assustado e deitado na calçada.
Em Brasiléia, uma funcionária pública morreu após a motocicleta que ela conduzia se chocar contra uma outra na Avenida Manoel Marinho. Maria Barreto, de 56 anos, deixou três filhos.
Em Sena Madureira, a vítima fatal foi um idoso de 72 anos. Arialdo Soares Falcão morreu após ser atropelado por um carro no km 172 da BR-364. A vítima estava em uma bicicleta e passava em cima da Ponte Metálica quando foi atingida pelo veículo que seguia para a capital Rio Branco.
Outro caso grave ocorreu no dia 15 de julho, também na BR-364. O médico Edmo Orlando Fonseca Coelho, de 73 anos, morreu após o carro que dirigia colidir contra um caminhão no km 94 da rodovia. Imagens feitas por pessoas que passavam pelo local mostram o veículo em chamas. Nas cenas, vê-se populares tentando conter o fogo com o uso de extintores de incêndio.
Alerta
Em meio à repercussão dos vários casos ao longo do ano, o comandante interino do Batalhão de Policiamento de Trânsito de Rio Branco, capitão Januário, alerta que os condutores precisam ter consciência e cautela para que os esforços de policiamento e fiscalização possam surtir efeito.
Ainda segundo o comandante, o policiamento está sendo ampliado na capital acreana para evitar situações mais graves.
“Cada um é responsável por obedecer às leis de trânsito. A gente tem regramentos, a gente tem normas que foram estabelecidas, mas se a população não tomar consciência que essas regras têm que ser seguidas, vai se ter um problema. Por mais que as autoridades estejam fiscalizando, nós do BPTrans fazendo nossas operações, se a população não colaborar, não vai surtir efeito. Então, é a consciência e responsabilidade do cidadão , do condutor, que a gente vai poder realmente dizer que tem um trânsito seguro”, orienta.
Com informações G1 Acre