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Mais de 6 mil pessoas ainda não tomaram 2ª dose da vacina contra a Covid-19 no Acre

Dados são do Ministério da Saúde e foram publicados nessa terça-feira (13). O público do Acre apontado no estudo falta tomar a segunda dose da CoronaVac, vacina produzida e distribuída pelo Instituto Butantan.

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Mais de 6 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 no Acre. O dado é de um levantamento do Ministério da Saúde publicado nessa terça-feira (13). Em todo país, cerca de 1,5 milhão de pessoas estão aptas a tomar a última dose da imunização e devem comparecer às unidades de saúde.

No Acre, 6.191 pessoas devem tomar a segunda dose da CoronaVac, vacina produzida e distribuída pelo Instituto Butantan. O intervalo ideal é de 28 dias entre as doses da CoronaVac. Um estudo do Butantan mostrou que a eficácia da vacina foi de 62% com intervalo de 21 a 28 dias, contra 50% com intervalo de até 21 dias.

Já estudos clínicos da Oxford/AstraZeneca apontaram uma eficácia de 82,4% com a segunda dose, em um intervalo de três meses após a primeira dose.

Imunização incompleta

O infectologista Alan Areal explicou que a segunda dose da vacina é a mais importante. Segundo ele, muitas pessoas estão esquecendo de olhar a carteira e checar a data de retorno para concluir a imunização.

“Tem que tomar porque, na verdade, ela que confere a imunidade. As vacinas ainda estão em fase de estudo, mas o grande prejuízo é esse; é você tomar a primeira dose e deixar de tomar a segunda. Estamos vendo que no Brasil afora e aqui no Acre as pessoas não estão voltando para tomar” frisou.

O profissional destacou que sem a segunda dose a imunização fica incompleta. Ele aconselhou que as pessoas fiquem atentas e levem a sério o processo de vacinação. “Não é falta da segunda dose, temos a vacina, é porque as pessoas não estão voltando para tomar. Isso precisa ser reforçado, que as pessoas levem a sério isso”, concluiu.

Especialista alertou para improtância de tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19 — Foto: Diego Gurgel/Secom

Especialista alertou para improtância de tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19 — Foto: Diego Gurgel/Secom

Vacinação no Acre

Em Rio Branco, capital do Acre, a vacinação ocorre no drive-thru e em cinco unidades de saúde apenas para a aplicação da segunda dose. Por falta de doses, a Saúde Municipal  suspendeu a aplicação da primeira doses em pessoas de 61 anos ou mauis na terça-feira(13).

Essa é a quarta vez que o processo é suspenso por falta de doses. O secretário municipal de saúde, Frank Lima, afirmou que aguarda uma nova remessa de imunizante do Ministério da Saúde para retomar a vacinação.

Ainda segundo o governo federal, mesmo que tenha passado o prazo da aplicação da 2ª dose do imunizante, que é descrito na carteira de vacinação, o idoso deve procurar uma unidade de saúde e finalizar o processo de imunização contra a doença.

O  Acre já recebeu 12º lotes de imunizantes contra a covid-19. O último lote chegou no último dia 9 com 11.250 doses de vacinas, sendo 5 mil são da Coronavac, desenvolvida e distribuída pelo Instituto Butantan, e 6.250 são da Oxford-AstraZeneca.

Na terça (13), dados do boletim diário divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) mostrou que o  Acre confirmou nas últimas 24 horas mais 14 mortes, assim, o número de vítimas fatais pela doença subiu para 1.367. Em relação ao número de casos novos, foram 394. Os registros saltaram de 73.613 para 74.007.

De acordo com informações disponíveis no Portal de Transparência, o Acre recebeu 174.790 vacinas contra a Covid-19. Até essa terça (13), foram aplicadas 97.230 doses, sendo 78.986 referentes à primeira dose e 18.244 da segunda dose. Ainda segundo o portal, a capital, Rio Branco, aplicou 46.383 doses e Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, 10.982 doses.

Já no portal da transparência da prefeitura de Rio Branco consta que a capital recebeu um total de 43.309 doses de vacinas e aplicou 35.540 doses.

Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.

Via-G1

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