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Com preço alto do gás de cozinha, brasileiros improvisam fogão à lenha em casa

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Pneumologista alerta que uso contínuo pode causar enfisema pulmonar e doenças respiratórias crônicas.

Com o gás de cozinha cada vez mais caro, brasileiros estão improvisando um fogão à lenha no quintal para economizar nas contas do mês. O preço do botijão começou a aumentar consideravelmente a partir de 2016, quando a Petrobrás alterou sua política de preço e passou a acompanhar o mercado internacional. Em 2020, o preço do gás de cozinha disparou junto com a cotação do dólar. Hoje, em algumas partes do Brasil, o botijão de 13 kg já equivale a quase 10% do valor do salário mínimo.

Em abril de 2019, o ministro Paulo Guedes prometeu que em dois anos o preço do gás cairia pela metade. Se o projeto tivesse sido cumprido, o brasileiro pagaria cerca de R$ 35 no botijão em abril de 2021, o que não aconteceu. O preço que se paga hoje é de aproximadamente R$ 83, uma diferença de 137% entre a promessa e a realidade. 

Entre março de 2020 e março de 2021, o preço do gás de cozinha subiu 20%, quase quatro vezes a inflação no mesmo período. Em algumas regiões do País, como no Centro-Oeste, um botijão de 13 kg está sendo vendido a R$ 120.

Com isso, em algumas casas, o jeito foi improvisar um fogão à lenha, o que pode trazer riscos à saúde. “No passado, o uso contínuo do fogão à lenha foi causa e origem de várias doenças respiratórias crônicas, como o enfisema pulmonar”, explica o pneumologista Elie Fiss. Ele explica que não é o uso emergencial que vai levar ao enfisema pulmonar, mas o uso contínuo.

Além disso, a exposição direta à fumaça pode causar quadros inflamatórios agudos e quadros de bronquite aguda.

UOL

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