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Caminhoneiros desmotivados reclamam da situação da BR-364; “Desse jeito nem vai dar para voltar”

A viagem entre a capital acreana, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, que tem uma distância estimada de mais de 600 quilômetros, ainda é um desafio devido aos muitos buracos e erosões na pista.

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O trecho da BR-364 em Cruzeiro do sul clama por melhorias. A via vem ganhando destaque nas reclamações por conta da péssima situação. No percurso entre a capital Rio Branco e Cruzeiro do Sul, os ônibus, que costumavam chegar entre 6 e 7 horas da manhã, têm chegado quase meio dia. 

A viagem se tornou mais longa, e necessita de muita atenção por parte dos condutores. Produtos transportados também correm risco. José Milton, caminhoneiro há mais de 15 anos, já fez o percurso Acre-Goiás múltiplas vezes. Ele chegou na cidade no último sábado (12), e diz ter se surpreendido com a situação da rodovia. “Há 4 ou 5 anos atrás estive aqui. Infelizmente está a mesma coisa, na verdade, até pior. Do jeito que tá a situação do país, né? Petróleo, aumento do consumo, desgaste do veículo… Creio que nem dá para voltar aqui”(sic), desabafou. 

A situação também tem atrasado o prazo das entregas por parte dos caminhoneiros. A viagem chega a demorar 3 dias para os motoristas dessa categoria. A alta dos combustíveis e a necessária manutenção dos veículos somam nessa equação de transtornos.

O desgaste de molas e pneus estão entre os maiores prejuízos. Arquivo: REPRODUÇÃO:

Em alguns locais da BR-364, equipes fazem um trabalho paliativo na via. No entanto, segundo os motoristas, o reparo dura pouco até se deteriorar por completo, prolongando ainda mais o problema. “Para o trabalho feito ali eu dou um zero. Nem consigo chamar de ‘trabalho’. Porque a gente vai e volta, e tem vezes que vemos o pessoal fazendo o trabalho no mesmo trecho, tapando quase o mesmo buraco”(sic), relatou outro caminhoneiro, Jean Vasconcelos. 

Com a chuva recorrente nos últimos meses, um trecho da BR-364 entre o município de Manoel Urbano e Sena Madureira cedeu. O local foi interditado e sinalizado, mas quem trabalha dirigindo por esse percurso precisa se arriscar, e passar pelo local. Nos últimos dias, a via cedeu ainda mais, ameaçando deixar uma parte da cidade isolada. 

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