Aumento de jovens internados e falta de insumos para intubação preocupam, afirma Stephanie Rizk.
Depois de março ser o mês mais letal da pandemia até agora no Brasil, a situação pode não ser muito diferente em abril. A avaliação é da cardiologista e intensivista do Incor e da Rede D’Or Stephanie Rizk, em entrevista nesta quinta-feira (1º).
“A gente tem visto essa progressão de casos, doentes mais graves, jovens internando, farmácia ligando sugerindo troca de medicação porque alguns vão começar a terminar… É uma situação inimaginável tempos atrás e que a cada dia está pior. É desesperador. Acho que abril será temeroso e caótico; o colapso já está instalado. Infelizmente, acho que tudo vai piorar”, prevê.
Ela fala da mudança no perfil dos internados. “Temos visto casos de jovens internando, e mais graves. Antes era raro ver um jovem intubado. Jovem, magro, geralmente homens sem comorbidades. Temos visto jovens precisando de pulmão artificial porque ventilação mecânica não é suficiente”, relata.
A falta de insumos é uma preocupação. “Tem uma sequência de medicamentos analgésicos no kit intubação para o paciente dormir e poder ser intubado sem se machucar, alguns estão em falta. Sei de lugares em que faltam sedativos. É uma situação catastrófica, é dramático o que estamos vivendo”, desabafa.
Via: CNN