A atuação administrativa da Câmara Municipal de Rio Branco, sob a presidência do vereador Joabe Lira, tem enfrentado questionamentos internos e gerado insatisfação entre parte dos parlamentares. As críticas não se limitam à oposição e incluem também integrantes da base governista, que apontam falhas na condução política e na organização dos trabalhos legislativos.

Nos bastidores, vereadores relatam dificuldades no relacionamento institucional, descumprimento de entendimentos políticos e decisões administrativas que provocaram desgaste, como a redução de contratos de servidores terceirizados ao mesmo tempo em que houve ampliação do número de cargos comissionados. Algumas dessas nomeações, segundo relatos internos, levantam dúvidas quanto à presença e à efetiva contribuição no funcionamento da Casa.
Esse ambiente tem enfraquecido a articulação política e dificultado a construção de consensos, ampliando tensões em um parlamento que exerce papel central no cenário político do estado por se tratar da capital acreana.
Em contraste, a Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul vive um momento considerado positivo sob a presidência do vereador Elter Nóbrega. A Casa tem sido citada como referência em organização administrativa, diálogo entre os parlamentares e compromisso com a transparência na gestão pública.
A condução dos trabalhos rendeu reconhecimento em nível nacional, com a concessão do Selo Prata no Programa Nacional de Transparência Pública, certificação destinada a instituições que atendem critérios rigorosos de acesso à informação, publicidade dos atos e controle social. No âmbito interno, a recondução da Mesa Diretora com apoio expressivo dos vereadores reforça o cenário de estabilidade política e confiança na atual gestão.
O contraste entre as duas Câmaras evidencia que liderança, capacidade de diálogo e respeito às relações institucionais são fatores decisivos para o bom funcionamento do Legislativo, independentemente do tamanho ou da importância política do município.





