Acreano de Rodrigues Alves luta na guerra da Ucrânia há dois meses em meio a combates intensos

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Jair Santana da Silva, natural de Rodrigues Alves, no interior do Acre, está há cerca de dois meses no fronte de guerra na Ucrânia, combatendo ao lado das forças ucranianas contra a invasão russa. Em vídeos enviados à redação do site juruá24horas, Jair aparece em meio a combates intensos, com cenas de soldados ofegantes correndo em busca de abrigo.

Segundo o combatente, ele enxergou na participação na guerra uma oportunidade de agregar valor ao seu currículo.

Em entrevista exclusiva à equipe do portal, Jair descreveu a realidade dura do conflito. “Já estou aqui há cerca de dois meses. Minha família sempre me apoiou em tudo. Decisões que eu tomo, elas não interferem. Só falam pra eu tomar muito cuidado e seja o que Deus quiser”, contou.

O acreano destacou os maiores perigos no campo de batalha: “O momento mais difícil é porque realmente é guerra, né? E muita artilharia, muito drone. E quando vai pra missão é, como é que se diz, é Deus no comando sempre, nos protegendo, nos guiando em tudo. Mas o trem é feio aqui mesmo”.

Jair enfatizou o risco constante representado pelos drones bomba, afirmando que, em muitas ocasiões, “a morte está no céu”. Natural de Rodrigues Alves, ele reforçou que está no front para cumprir uma missão pessoal, apesar dos perigos diários.

A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão em larga escala pela Rússia em fevereiro de 2022, completa quase quatro anos em dezembro de 2025. No momento, as forças russas avançam lentamente no leste do país, especialmente na região de Donetsk, onde controlam cerca de 80% do território e mais de 19% do solo ucraniano no total. A Ucrânia enfrenta desafios como ataques intensos com drones e mísseis russos contra infraestrutura energética, causando apagões e dificuldades no inverno rigoroso.

Apesar dos avanços russos, as negociações de paz ganharam força no final de 2025. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky revelou um plano de 20 pontos negociado com os Estados Unidos, que inclui garantias de segurança para a Ucrânia e discussões sobre zonas desmilitarizadas no leste. No entanto, questões territoriais, como o controle de Donetsk e Luhansk, seguem sem consenso. A Rússia mantém sua posição de que qualquer acordo deve reconhecer suas conquistas, enquanto Kiev insiste na restauração da soberania total.

O conflito já resultou em centenas de milhares de baixas civis e militares de ambos os lados, com impactos humanitários graves. Militares estrangeiros, incluindo brasileiros, participam voluntariamente da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, atraídos por convicções pessoais ou ideológicas, apesar dos riscos elevados.

Com informações de Juruá 24 Horas

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