Rio Juruá começa a baixar após atingir cota de alerta; equipes seguem em prontidão em Cruzeiro do Sul

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Após ultrapassar a cota de alerta durante o fim de semana, o nível do Rio Juruá começou a apresentar recuo em Cruzeiro do Sul. A informação foi confirmada, nesta segunda feira (15), pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, major Josadaque Cavalcante, que destacou que, apesar da vazante inicial, o monitoramento segue intensificado devido ao período chuvoso.

Segundo o comandante, a cota de alerta do rio na cidade é de 11,80 metros. No sábado e domingo, o nível chegou a atingir 11,96 metros, registrando os primeiros sinais de vazante ainda no fim de semana. Na manhã desta segunda-feira, o rio marcava 11,88 metros.

“O acompanhamento não é só aqui na área urbana. A gente monitora também o curso do alto Rio Juruá, inclusive na fronteira com o Peru e na região da foz do Rio Breu, onde desde o fim de semana já se observa vazante. Isso indica uma tendência de baixa nos próximos dias em Cruzeiro do Sul”, explicou o major.

Apesar da redução momentânea, as autoridades alertam que dezembro historicamente apresenta chuvas intensas. Conforme o planejamento anual, o rio costuma atingir a cota de alerta ainda neste mês, permanecendo elevado até janeiro, quando geralmente alcança a cota de transbordo.

Diante desse cenário, os órgãos de proteção já iniciaram a execução do plano de contingência preparado ainda durante o período de estiagem. “Enquanto atuamos na seca, já planejamos a resposta para a inundação. Agora estamos colocando em prática a logística de materiais, equipamentos e integração com outras instituições para que tudo esteja pronto caso o rio transborde”, destacou Josadaque.

Em relação às chuvas, o comandante informou que a previsão para o trimestre de dezembro, janeiro e fevereiro indica volumes acima da média climatológica na região oeste do estado, incluindo o Vale do Juruá. No curto prazo, até o dia 18, a expectativa é de chuvas mais moderadas, com acumulados entre 5 e 50 milímetros, ainda abaixo da média semanal.

Nos bairros ribeirinhos, os primeiros reflexos da elevação já começam a ser observados. No bairro da Lagoa, a água se aproxima dos quintais de algumas residências. Situação semelhante ocorre em pontos do Miritizal, especialmente em áreas próximas a córregos.

Segundo a Defesa Civil, o momento ainda não é considerado crítico. “As pessoas conseguem acessar suas casas sem o uso de embarcações. A maior dificuldade ocorre quando o rio atinge a cota de transbordo, quando muitas residências passam a ter acesso comprometido”, explicou o comandante.

As equipes da Defesa Civil Estadual, Municipal e do Corpo de Bombeiros seguem em alerta e orientam a população das áreas de risco a acompanhar os boletins oficiais e comunicar qualquer alteração significativa.

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