Redação Juruá Online
Nos últimos meses, o município de Jordão tem enfrentado uma crise sem precedentes devido à seca extrema, que pode levar a cidade ao colapso. O transporte fluvial de mercadorias, essencial para a chegada de insumos à região, está suspenso, exacerbando a escassez de produtos básicos. O elevado preço da gasolina não conseguem suprir as necessidades da população, e já há registro de postos de gasolina enfrentando a falta de combustível, enquanto padarias estão fechadas por falta de farinha para produzir pão.
O nível do rio Tarauacá, que liga Jordão à Tarauacá e é vital para o abastecimento, atingiu a menor marca da história em agosto, com apenas 64 cm. Em alguns trechos, a situação é ainda mais crítica, com lâminas d’água de apenas 12 cm, dificultando o transporte e colocando os barqueiros em situações complicadas. Eles enfrentam dias longe de casa, com o cenário já desanimador, e as dificuldades só aumentam.
A Defesa Civil municipal está em campo, avaliando os efeitos da seca e visitando comunidades rurais. Em fevereiro, o município havia se recuperado da maior enchente já registrada. Agora, no entanto, a preocupação é com a falta de água e insumos. A abertura de um ramal para facilitar o acesso à comunidade é uma das soluções estudadas.
Rações e medicamentos estão sendo transportados por meio de uma força-tarefa, que conta com o apoio da Força Aérea Brasileira, destacando o esforço conjunto para minimizar os efeitos da calamidade. O governo municipal decretou situação de emergência até 19 de novembro, e as comunidades locais se mobilizam para garantir que as necessidades básicas sejam atendidas.