Redação Juruá Online

Após a recente inundação que atingiu as regiões de Jordão e Marechal Thaumaturgo, no Alto Rio Juruá, mais de 6 mil indígenas forama tingido em suas comunidades, acarretando vários prejuízos para as famílias. A prioridade é a proteção da saúde e o saneamento básico após as águas baixarem.

O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (Disei), Isaac Piyãko, expressou preocupação com a situação enfrentada pelas comunidades locais. “É uma situação muito difícil”, disse Piyãko, destacando a magnitude das enchentes que se assemelha apenas a uma ocorrida em 2008, mas que se estende por um período ainda maior.

O impacto da inundação vai além da perda de residências e propriedades agrícolas. Famílias inteiras viram suas plantações, animais de criação e sustento econômico serem levados pelas águas, o que aumenta a vulnerabilidade dessas comunidades à fome e doenças.

Piyãko enfatizou a importância da colaboração entre os diferentes níveis governamentais, desde o federal até o municipal, para fornecer apoio eficaz às comunidades afetadas. A equipe do Disei está trabalhando para retornar aos territórios afetados e realizar um levantamento detalhado das necessidades, em estreita cooperação com as lideranças locais e os agentes de saúde e saneamento.

“Rotineiramente, temos 23 equipes em toda a região do Alto Juruá que conseguem atender oito municípios com mais de 20.000 habitantes indígenas, segundo o censo de 2022”, explica o coordenador.

O apoio direto está sendo fornecido aos estados e municípios, que o destinam às comunidades indígenas e não indígenas afetadas. No entanto, Piyãko ressaltou que, em parceria com o estado, eles têm estrutura para facilitar a entrega desses recursos essenciais, como cesta básica e água.

“Nós, em parceria com o estado, garantimos que esse apoio chegue até nós, facilitando a distribuição de produtos essenciais para as comunidades afetadas”, concluiu Piyãko. Hoje os produtos estão indo para o Jordão, e amanhã Marechal Thaumaturgo.